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Parte externa exige fidelidade nas alterações
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O ponto mais delicado nos
planos de reforma em imóveis tombados é a área externa. Fachada, cobertura, altura da edificação, vegetação e
percentual de solo permeável são alguns itens que os
órgãos fiscalizam com rigor.
Em uma casa ou edifício
tombado, a fachada não pode ser alterada. Caixilhos, revestimentos e telhas, por
exemplo, devem ser restaurados ou trocados por modelos iguais aos originais.
O arquiteto Roberto Loeb,
62, conta que, em uma obra,
teve de restaurar as telhas
antigas porque o órgão de
tombamento não permitiu a
troca por modelos novos
idênticos ao original.
Em bairros tombados ou
áreas envoltórias há mais liberdade para reformas, porque as casas podem ser até
demolidas.
A designer Heloísa Barros,
50, tem duas casas na rua
Sampaio Vidal (região oeste), uma das quais fica no
trecho tombado e foi demolida para ampliação. "Como
tinha de manter a vegetação
original, plantei duas árvores do terreno no quintal da
minha outra casa, enquanto
aquela está em obras."
Pode, não pode
Já o arquiteto Maurício Soriano, 72, teve de alterar cinco vezes o projeto de um
consultório no bairro do Pacaembu, uma das regiões
tombadas da cidade. "A casa
de máquinas do elevador,
que ficava no topo, foi aprovada pelo Conpresp, mas
não passou pelo Condephaat. Depois, vetaram o
pergolado na fachada."
No edifício Eiffel, o DPH
não aprovou alterações feitas no térreo, que tem uso
comercial. Segundo o síndico José Antonio Collado
Gonsales, 40, os pomos da
discórdia são o rejunte usado nas pastilhas e o acabamento da caixilharia.
"Os órgãos são bem rigorosos com os empreendimentos comerciais", avalia
Sanderley Fiusa, 55, vice-coordenador de patrimônio
e conservação do Instituto
de Engenharia.
(BMF)
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