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Controlar a ação do tempo. Esse sonho de muita gente é uma realidade nas paredes, que ganharam "maquiagens" que permitem envelhecer ou rejuvenescer, pôr brilho, mudar a cor e a textura.
"A revolução no setor começou nos anos 90, com o sistema tintométrico [composto por máquinas que misturam tintas e criam mais de 2.000 combinações], depois vieram as texturas e os efeitos especiais. A tendência é personalizar", diz Luiz Antônio Piva Filho, gerente de produtos da Suvinil.
Segundo especialistas, o custo da repintura de uma casa começa em R$ 5 por m2. Mas, para ter uma parede com efeitos, o preço sobe para cerca de R$ 20 por m2.
"Apesar de custar mais, a textura especial modifica o ambiente", justifica a arquiteta Silvia Cabrino, que usou uma massa italiana que imita mármore nas paredes da sala decorada por ela e pela sócia, a arquiteta Lucyene Del'Alamo, na mostra Campinas Decor.
O interessante do recurso é que ele reproduz a pedra até no tato. Segundo Beijayme Aires da Silva, proprietário da I Colori di Venezia, que importa o produto, o "mármore em pasta" custa em média R$ 50 por m2 e estará no mercado a partir de junho.
Em geral, as pinturas com efeitos foram desenvolvidas para áreas internas, pois os produtos cintilantes desbotam com o sol. Para quem quiser evitar isso, a Tintas Ypiranga lançou um verniz que dá efeito especial em texturas externas. O preço médio é R$ 5,80 por m2, sem a mão-de-obra.

A escolha da tinta
Outra opção para paredes externas é a textura comum, sem efeitos especiais. "Tem boa relação custo-benefício, pois é possível aplicar o acabamento na massa grossa", explica a arquiteta Maria Fernanda Sanchez.
Há dois tipos de tinta para paredes: o látex PVA (acetato de polivinila) e o látex acrílico. "O segundo é mais resistente ao sol e tem três acabamentos, enquanto o PVA só é encontrado fosco", ensina Edílson Duarte Lima, 33, assistente técnico da Suvinil.
Os acabamentos possíveis para tintas acrílicas são fosco, acetinado e semibrilho. Quanto mais brilho tem o resultado, maior o poder de limpeza da superfície.
A escolha da cor deve se basear em alguns critérios. "Deixe as cores quentes, como laranja e vermelho, para áreas sociais, pois elas incitam à comunicação e à disposição", aconselha a arquiteta da Tintas Coral Bianca Tognollo.
Ela explica ainda que os contrastes podem resultar em truques para esconder algum aspecto indesejado. Paredes com pé-direito muito baixo, por exemplo, podem "crescer" caso uma faixa de um metro acima do rodapé seja pintada em um tom mais escuro. (ANDREA MIRAMONTES)


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