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Quando o imóvel é antigo, mas bem localizado e charmoso, pode ser difícil resistir à compra. Mas a reforma deve ir além da trivial pintura. Adaptá-lo às novas tecnologias requer cuidados redobrados na parte elétrica.
As construções mais modernas geralmente já têm os circuitos reforçados para receber mais equipamentos. Reformar ou não a rede deve ser estudado caso a caso.
O "dimmer" (sistema de automação de luzes), por exemplo, pode precisar de uma rede especial. É encontrado em dois tipos: mecânico ou elétrico. O primeiro, mais simples, fica nos interruptores e controla apenas a luz. O elétrico funciona via cabo ou frequência e é manejado por controle, painel ou computador. Além da intensidade da lâmpada, tem outras funções, como programar a hora em que deve acender.
Nesse grau de sofisticação, o sistema exige um cabeamento especial. "Se a casa já está pronta, tem de refazer a fiação, que vai correr no forro ou sob o piso elevado. Se o cabeamento não for separado, o sistema dá problemas: não responde aos comandos ou as lâmpadas podem até começar a acender sozinhas", diz Fernando Tomás, engenheiro da Reflecto, que faz projetos de iluminação.
Além da iluminação especial, há ambientes que precisam ser pensados antes. "Um escritório em casa, o ar-condicionado central ou um ofurô exigem fiação diferenciada. Depois da casa pronta, para colocar um ofurô gasta-se muito mais com a reforma. Às vezes, instalar chega a ser inviável", exemplifica o engenheiro Paulo Rewald, que elabora projetos.
O mesmo vale para o "home theater". Quem quer um verdadeiro cinema em casa tem de saber que não é só comprar todos os equipamentos e plugar na tomada. Em alguns casos, adaptar o ambiente pode ficar em cerca de R$ 3.000 (sem os aparelhos).
"A rede tem de suportar a carga que os equipamentos exigem. Quando a casa é antiga, trocamos um circuito pela fiação com proteção adequada. Em um cliente, a adaptação ficou em torno de R$ 500", afirma Fábio Ramos, proprietário da Nasa Som. (AM)


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