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NO TOM
Amarelo queimado, azul puxando para o roxo e tons neutros, como cobre e dourado, são algumas apostas
Cartela define quais cores seguirão em alta por mais 2 anos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nada de as paredes passarem
em branco quando se pensa em
renovar o visual dos ambientes.
Em dois tempos, pinceladas coloridas colocam a casa em sintonia com o que está em alta
quando se trata de decoração.
O bom é que não existe uma
"ditadura da tendência". A
grande gama de cores que está
em evidência agrada a todos os
gostos e personalidades.
Para ajudar na escolha, o Comitê Brasileiro de Cores lançou
recentemente a cartela Cecal
2007 (Centro de Estudos da
Cor da América Latina), que a
cada dois anos define em que
cores apostará a indústria (desde a automobilística até a de
eletrodomésticos e a de tintas).
"Testes avaliam os desejos
dos consumidores e definem
24 cores comuns para toda a indústria", conta a arquiteta de
interiores do Comitê Brasileiro
de Cores Elisabeth Wey, 57.
A cartela foi dividida em três
grupos. O primeiro, "Oásis",
busca, em tonalidades de verde
e de azul (especialmente o escuro, mesclado com a cor da
ametista), atmosferas reconfortantes e tranqüilidade.
Para esquentar e trazer extroversão, surge o grupo "Bolero", com tons de rosa, de violeta e de vermelho, com destaque
para o carmim, o fúcsia e o tom
de ameixa, que tende ao roxo.
Já as tonalidades da terceira
linha, batizada de "Orgânica",
são neutras e indefinidas, como
o sépia e o chumbo. Os matizes
que se sobressaem são o tangerina, o dourado e o cobre.
Quem trabalha com decoração também dá seus palpites.
"Além do ocre, considero que
estão em alta o verde, o vermelho, o laranja e o café-com-leite", enumera a decoradora
Cristina de Nicola, 41.
Para ela, "as pessoas estão
cansando dos tons clarinhos".
Uma de suas apostas é em tendências internacionais que
apontam para caracterizações
urbanas, com preto, branco e
tonalidades do cinza.
Já o diretor da Casa Cor São
Paulo, Roberto Dimbério, 54,
antecipa que "a base ainda são
as claras, como o branco e o bege, que combinam com o preto
e os tons de cinza".
Ele acredita que cores saturadas, como o ocre e os azuis
esverdeados, vão aparecer no
inverno, pois esquentam e dão
conforto. "Texturas estão em
baixa; cores básicas, em alta."
Da moda para a parede
A Casa Cor deste ano traz
também uma linha especial de
cores desenvolvidas pelo estilista Reinaldo Lourenço.
"Com pedaços de tecidos foram produzidas seis cores escuras e mais intimistas", conta
Júlio Moreira, 42, diretor de
marketing da divisão de tintas
imobiliárias da Akzo Nobel, fabricante das tintas Ypiranga.
"A influência da moda é forte
na definição das cores que serão tendências para pintura",
ressalta Moreira, que cita tons
de cinza, branco, preto, amarelo queimado e azuis como tendências trazidas das passarelas.
"O preto e o branco fazem
composições decorativas psicodélicas, mais urbanas, enquanto os coloridos compõem
florais ou formas que remetem
à natureza", sugere Rômulo
Russi, 39, arquiteto e professor
de design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial).
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