São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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NO TOM

Amarelo queimado, azul puxando para o roxo e tons neutros, como cobre e dourado, são algumas apostas
Cartela define quais cores seguirão em alta por mais 2 anos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nada de as paredes passarem em branco quando se pensa em renovar o visual dos ambientes. Em dois tempos, pinceladas coloridas colocam a casa em sintonia com o que está em alta quando se trata de decoração.
O bom é que não existe uma "ditadura da tendência". A grande gama de cores que está em evidência agrada a todos os gostos e personalidades.
Para ajudar na escolha, o Comitê Brasileiro de Cores lançou recentemente a cartela Cecal 2007 (Centro de Estudos da Cor da América Latina), que a cada dois anos define em que cores apostará a indústria (desde a automobilística até a de eletrodomésticos e a de tintas).
"Testes avaliam os desejos dos consumidores e definem 24 cores comuns para toda a indústria", conta a arquiteta de interiores do Comitê Brasileiro de Cores Elisabeth Wey, 57.
A cartela foi dividida em três grupos. O primeiro, "Oásis", busca, em tonalidades de verde e de azul (especialmente o escuro, mesclado com a cor da ametista), atmosferas reconfortantes e tranqüilidade.
Para esquentar e trazer extroversão, surge o grupo "Bolero", com tons de rosa, de violeta e de vermelho, com destaque para o carmim, o fúcsia e o tom de ameixa, que tende ao roxo.
Já as tonalidades da terceira linha, batizada de "Orgânica", são neutras e indefinidas, como o sépia e o chumbo. Os matizes que se sobressaem são o tangerina, o dourado e o cobre.
Quem trabalha com decoração também dá seus palpites. "Além do ocre, considero que estão em alta o verde, o vermelho, o laranja e o café-com-leite", enumera a decoradora Cristina de Nicola, 41.
Para ela, "as pessoas estão cansando dos tons clarinhos". Uma de suas apostas é em tendências internacionais que apontam para caracterizações urbanas, com preto, branco e tonalidades do cinza.
Já o diretor da Casa Cor São Paulo, Roberto Dimbério, 54, antecipa que "a base ainda são as claras, como o branco e o bege, que combinam com o preto e os tons de cinza".
Ele acredita que cores saturadas, como o ocre e os azuis esverdeados, vão aparecer no inverno, pois esquentam e dão conforto. "Texturas estão em baixa; cores básicas, em alta."

Da moda para a parede
A Casa Cor deste ano traz também uma linha especial de cores desenvolvidas pelo estilista Reinaldo Lourenço.
"Com pedaços de tecidos foram produzidas seis cores escuras e mais intimistas", conta Júlio Moreira, 42, diretor de marketing da divisão de tintas imobiliárias da Akzo Nobel, fabricante das tintas Ypiranga.
"A influência da moda é forte na definição das cores que serão tendências para pintura", ressalta Moreira, que cita tons de cinza, branco, preto, amarelo queimado e azuis como tendências trazidas das passarelas.
"O preto e o branco fazem composições decorativas psicodélicas, mais urbanas, enquanto os coloridos compõem florais ou formas que remetem à natureza", sugere Rômulo Russi, 39, arquiteto e professor de design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).


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