São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2001

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DECORAÇÃO

Para especialistas, peças dão toque alegre e pessoal aos ambientes

Bom humor dá sentido ao uso do kitsch

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O uso de peças consideradas kitsch entrega pelo menos um aspecto do caráter de quem mora na casa: o bom humor. Usados sem pretensão, além de dar personalidade ao ambiente, esses objetos podem ficar engraçados.
Na casa do arquiteto de interiores Léo Shehtman são encontrados objetos como um pufe prateado de couro e uma enorme maçã verde de porcelana. Ele afirma que sua meta é apenas deixar o ambiente mais divertido.
"Uma das regras é não pretender imitar elementos naturais com peças artificiais."
Para Toninho Noronha, arquiteto de interiores, o que torna algo brega não é o objeto em si, mas o contexto no qual ele está inserido. "O kitsch bem usado é intencional, como uma brincadeira. É cenográfico e descontraído."
Mas, para mostrar outras possibilidades, Noronha conta o caso de uma cliente que insistiu em forrar as poltronas com estampas de onça. "Embora eu não goste desses tecidos, a estampa ficou bacana na casa dela, combinou. Se fosse outra pessoa, talvez eu a orientasse a tirar a onça da sala."

Almofadas de coração
Para o arquiteto Fernando Piva, os tecidos com estampas imitando peles de animais ficam bem, desde que usados com critério. "O segredo é saber pontuar, usar em um objeto, e não a sala inteira decorada de zebra", recomenda.
Da mesma forma, ele pondera o uso de objetos como almofadas de coração. "Não fica bem em uma sala de estar, mas diverte um quarto de adolescente." (AM)


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