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DECORAÇÃO
Para especialistas, peças dão toque alegre e pessoal aos ambientes
Bom humor dá sentido ao uso do kitsch
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O uso de peças consideradas
kitsch entrega pelo menos um aspecto do caráter de quem mora
na casa: o bom humor. Usados
sem pretensão, além de dar personalidade ao ambiente, esses objetos podem ficar engraçados.
Na casa do arquiteto de interiores Léo Shehtman são encontrados objetos como um pufe prateado de couro e uma enorme
maçã verde de porcelana. Ele afirma que sua meta é apenas deixar
o ambiente mais divertido.
"Uma das regras é não pretender imitar elementos naturais
com peças artificiais."
Para Toninho Noronha, arquiteto de interiores, o que torna algo
brega não é o objeto em si, mas o
contexto no qual ele está inserido.
"O kitsch bem usado é intencional, como uma brincadeira. É cenográfico e descontraído."
Mas, para mostrar outras possibilidades, Noronha conta o caso
de uma cliente que insistiu em
forrar as poltronas com estampas
de onça. "Embora eu não goste
desses tecidos, a estampa ficou
bacana na casa dela, combinou.
Se fosse outra pessoa, talvez eu a
orientasse a tirar a onça da sala."
Almofadas de coração
Para o arquiteto Fernando Piva,
os tecidos com estampas imitando peles de animais ficam bem,
desde que usados com critério. "O
segredo é saber pontuar, usar em
um objeto, e não a sala inteira decorada de zebra", recomenda.
Da mesma forma, ele pondera o
uso de objetos como almofadas
de coração. "Não fica bem em
uma sala de estar, mas diverte um
quarto de adolescente."
(AM)
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