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GARIMPO
Decoradores usam de peças de armarinho a luminária de R$ 350
Valores da ressurreição vão de R$ 29 até R$ 478
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Depois do passeio, o trabalho.
Para metamorfosear os itens escolhidos, quem gastou menos, no
total, foi João Armentano. Ele
comprou uma luminária a gás reformada por R$ 30 e usou R$ 29
para transformá-la em um abajur.
"Usei os materiais encontrados
no armarinho da esquina: argola
de cortina [R$ 3], cúpula de juta
[R$ 20], fio, interruptor, benjamim e soquete [R$ 6]", conta.
Mas Oscar Mikail e Rosita
Zylberstajn não ficaram atrás no
quesito economia. Os preços finais de suas peças foram, respectivamente, R$ 68 e R$ 73.
"Quis mostrar uma alteração
que pode ser feita sem ajuda de
mão-de-obra, numa tarde de sábado", explica Zylberstajn.
Ela queria mudar a forma da
mesa, mas, para evitar gastos com
marcenaria, usou sarrafos regularizados com massa-corrida e pintados para dar outro desenho a
ela. "Pode ser sobra de madeira."
Mikail também lançou mão da
simplicidade para revitalizar uma
cadeira em estilo provençal. "Passei uma demão de esmalte acetinado marrom. Depois de seco,
apliquei cera comum e outra demão de esmalte, mas do branco.
Quando secou, foi só descascar alguns pedaços com uma gilete."
Para a forração, ressuscitou
uma sobra de tecido que já tinha.
E dá uma dica: quem precisar
comprá-lo pode aproveitar os restos em um jogo americano.
Mas a economia não parou por
aí. "Pintei a palhinha onde havia
um pequeno furo, para não gastar
com a troca do revestimento."
Detalhes
A mudança mais radical -no
visual e no bolso- foi a de Brunete Fraccaroli. Pagou R$ 50 por um
criado-mudo que custava R$ 80 e
gastou R$ 478 para transformá-lo
numa mesa com luminária.
"A madeira era muito feia e sem
graça. Usei espelho roxo [R$ 38],
puxador cromado [R$ 8], tinta
em três tons [R$ 32] e uma luminária colorida [R$ 350]", lista.
Mas, antes de levar para casa
um item usado, é necessário ter
olho atento aos detalhes. Arranhões e desbotamento têm jeito,
mas danos na estrutura não.
"O maior problema é cupim",
define Sergio de Camargo, 50,
vendedor da Casa Velha. "Bata no
móvel para ver se não cai pó, puxe
as gavetas e olhe por baixo delas."
Outra dica sua é evitar comprar
as peças "no estado", ou seja, sem
reformas, e que geralmente custam menos. "A madeira pode ceder. A loja só assume responsabilidade pelas restauradas."
(BMF)
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