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Eles comem quietos por anos. Quando se revelam, pode ser tarde demais. Os cupins são capazes de arruinar coberturas inteiras.
Foi exatamente o que aconteceu com a dona-de-casa M.S., 52, que preferiu não se identificar. Durante uma ceia de Natal, há cinco anos, o teto caiu.
"Ouvi um barulho como um trovão forte. A cobertura da sala de TV havia desabado."
Na sua casa, que tem 58 anos e nunca havia sido dedetizada, os cupins corroeram o estuque de concreto e madeira compensada, que ficava abaixo da laje.
"O risco do cupim é o silêncio, ele só é percebido quando já fez o estrago", diz Sérgio Bocaline, 33, diretor-executivo da Aprag (Associação Paulista dos Controladores de Vetores de Pragas Urbanas). Ele afirma que muitos têm o problema e não sabem.
"A principal praga em São Paulo é o cupim subterrâneo, que também é a mais devastadora. Se chega ao telhado, pode até provocar desabamento", confirma Gonzalo Lopez, 46, biólogo responsável pelo laboratório de entomologia do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
Para livrar-se das pragas, são gastos de R$ 6 a R$ 15 por m2. "Depende do cupim. Se for o subterrâneo, o tratamento deve ser feito em toda a casa, pois ele vive no solo e anda pela estrutura", conta Marcio Paes Fernandes, 30, biólogo da CCPU (Central de Controle de Pragas Urbanas).
Existem ainda mais dois tipos de pragas comuns no telhado: o cupim de madeira seca e a broca. De acordo com Dilceu Scapinello, 41, especialista em entomologia urbana e diretor da InsetCenter, "o subterrâneo faz caminhos pelas paredes, o de madeira seca solta excrementos granulados, e a broca deixa em seu rastro um pó fino semelhante a um talco".
Se a madeira do telhado está oca e, além da dedetização, vai ser preciso refazer a estrutura, o ideal é procurar por madeiras tratadas.
Na Preservan, que vende estruturas de telhado com tratamento contra insetos, o valor desse material é de R$ 35 a R$ 80 o m2.


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