São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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Soluções como policarbonato, fibra de vidro, clarabóias e coberturas que se movem abrem espaço para o sol

Arquitetos dão à luz seus telhados

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Tudo bem que a água da chuva e os excessos de temperatura tenham de ficar para fora, mas há casos em que o telhado pode abrir passagem aos raios solares.
Para fazê-los incidir no interior da casa de um cliente, o arquiteto Ricardo Julião optou por alternar as telhas já existentes com as de vidro. "Se trocássemos uma ou outra, o telhado iria ficar diferente, então substituí todas as que se encaixavam por baixo. A iluminação ficou uniforme, e as telhas diferentes estão disfarçadas."
As peças de vidro custam a partir de R$ 9,53 cada unidade, e o preço varia conforme o modelo.
Outras opções para conseguir luz são o policarbonato, o PVC, a fibra de vidro, as clarabóias e as coberturas que se abrem.
Segundo a Zetaflex, que produz esses tetos móveis, um "aeroteto" de alumínio custa a partir de R$ 130, por metro quadrado. "O preço varia conforme o local e se serão necessárias colunas ou calhas extras. Caso seja preferido o policarbonato, o preço aumenta", conta Emanuel Zveibil, diretor comercial da empresa.

Clarabóia
Os interessados em adaptar um telhado para receber luminosidade por meio de uma clarabóia devem atentar para alguns cuidados. Que o diga a designer de interiores Gislene de Paula, que resolveu instalar a abertura.
"Viajei enquanto o serviço estava sendo feito e quando voltei tive uma surpresa. Além da luz do sol, a água da chuva inundou o local. Eu perdi toda a madeira recém-instalada no piso." Ela ressalta que o problema foi a falta dos rufos (sistema de proteção contra chuva) para boa vedação.
Os preços variam bastante. De acordo com a Acrileste, que vende o Domos, uma espécie de clarabóia, os acrílicos variam de R$ 43 a R$ 774, dependendo do tamanho e do formato. A empresa diz que, se instalado conforme o manual, o Domos dispensa o rufo.
Para colocar o produto é preciso fazer um recorte no telhado e no forro. "No caso das lajes, a coisa complica, pela dificuldade em recortá-las", alerta a arquiteta Telma Sabadin. Ela acrescenta que há opções no mercado que, além de iluminação, dão mais ventilação.

"Puxadinho"
Para aumentar a área de um home theather e obter luminosidade, o arquiteto Toninho Noronha ergueu paredes e teto de vidro no apartamento de um cliente.
"O vidro é termoacústico. Além disso, foi instalada uma cortina que oculta a transparência, quando a intenção for assistir a algo durante o dia." (AM)



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