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Norma ajuda a escolher conduíte mais resistente
Diferenciação por cores orienta uso para evitar esmagamento
Leo Caobelli/Folha Imagem
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Dutos de plástico para fiação são tecnicamente chamados de eletrodutos |
DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Pisar em conduítes -nome
popular para dutos de plástico
flexíveis por onde passa a fiação
de uma casa- é um teste de resistência comum em lojas de
material de construção.
Mas os consumidores podem
dispensar essa prova pouco
confiável, que não evita o esmagamento do duto, o que obstrui
a passagem de fios de eletricidade, telefonia e TV a cabo.
Uma norma que regulamenta o mercado de eletrodutos
plásticos, a NBR 15465:2007,
foi publicada em julho pela
ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
Ela estabelece padrões de fabricação, como a resistência à
compressão -garantia de que o
duto suportará o peso do concreto e o dos pedreiros que
transitam na construção.
Essa precaução evita dores
de cabeça como a enfrentada
por João Becker, 43, dono da
construtora que leva seu nome.
"Numa obra, tive de quebrar
a laje pronta porque o eletroduto embutido era frágil e foi esmagado pelo concreto", relata.
"O problema só foi descoberto quando o eletricista chegou
ao local e encontrou a tubulação obstruída", completa.
Coloridos
Outra causa de esmagamento é empregar no piso eletrodutos indicados para paredes, que
custam menos. Para evitar essa
troca, foi estabelecida uma
identificação por cores, conforme a aplicação.
Os eletrodutos flexíveis leves, por exemplo, que só podem
ser usados em paredes ou
quando ficam aparentes -instalações comuns em garagens
de edifícios-, devem ser amarelos.
A norma recomenda ainda
que, nesses dutos, esteja inscrita a expressão "não embutir em
lajes ou enterrar".
Os eletrodutos flexíveis leves
também têm de ser resistentes
a curvaturas.
"Há produtos inadequados
no mercado que, ao serem dobrados para acompanhar a
construção, fecham a passagem
dos fios", alerta o superintendente do comitê de eletricidade
da ABNT, Martin Crnugelj, 73.
Para determinar os padrões
de fabricação, foram realizados
mais de 300 ensaios com os
produtos no Laboratório de
Instalações Prediais do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), simulando condições encontradas em obras.
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