São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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Norma ajuda a escolher conduíte mais resistente

Diferenciação por cores orienta uso para evitar esmagamento

Leo Caobelli/Folha Imagem
Dutos de plástico para fiação são tecnicamente chamados de eletrodutos


DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pisar em conduítes -nome popular para dutos de plástico flexíveis por onde passa a fiação de uma casa- é um teste de resistência comum em lojas de material de construção.
Mas os consumidores podem dispensar essa prova pouco confiável, que não evita o esmagamento do duto, o que obstrui a passagem de fios de eletricidade, telefonia e TV a cabo.
Uma norma que regulamenta o mercado de eletrodutos plásticos, a NBR 15465:2007, foi publicada em julho pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Ela estabelece padrões de fabricação, como a resistência à compressão -garantia de que o duto suportará o peso do concreto e o dos pedreiros que transitam na construção.
Essa precaução evita dores de cabeça como a enfrentada por João Becker, 43, dono da construtora que leva seu nome.
"Numa obra, tive de quebrar a laje pronta porque o eletroduto embutido era frágil e foi esmagado pelo concreto", relata.
"O problema só foi descoberto quando o eletricista chegou ao local e encontrou a tubulação obstruída", completa.

Coloridos
Outra causa de esmagamento é empregar no piso eletrodutos indicados para paredes, que custam menos. Para evitar essa troca, foi estabelecida uma identificação por cores, conforme a aplicação.
Os eletrodutos flexíveis leves, por exemplo, que só podem ser usados em paredes ou quando ficam aparentes -instalações comuns em garagens de edifícios-, devem ser amarelos.
A norma recomenda ainda que, nesses dutos, esteja inscrita a expressão "não embutir em lajes ou enterrar".
Os eletrodutos flexíveis leves também têm de ser resistentes a curvaturas.
"Há produtos inadequados no mercado que, ao serem dobrados para acompanhar a construção, fecham a passagem dos fios", alerta o superintendente do comitê de eletricidade da ABNT, Martin Crnugelj, 73.
Para determinar os padrões de fabricação, foram realizados mais de 300 ensaios com os produtos no Laboratório de Instalações Prediais do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), simulando condições encontradas em obras.

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