São Paulo, sábado, 04 de julho de 2009


Doença mental deve ter maior cobertura em planos

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) definiu ontem novas diretrizes que pretendem ampliar coberturas para internação, consultas e outros tipos de tratamento de doentes mentais. A proposta, que segue em setembro para consulta pública, deve entrar em vigor em 2010.
A atual resolução prevê cobertura integral de no mínimo 30 dias por ano para internações psiquiátricas comuns e 15 dias para dependentes químicos. Após esses prazos, o custo do tratamento pode ser dividido entre empresa e cliente, mas os convênios não devem negar internação ao consumidor, como já determina a lei 9.656, que regula o setor de saúde privada.
Se implantada sem alterações, a resolução deve minorar problemas como os de Roberto, 61 (nome fictício). Diagnosticado como esquizofrênico por uso de droga, ele teve sua internação custeada pelo convênio apenas por 15 dias. Ao final desse prazo, o plano de saúde não propôs nenhum acordo para bancar parte do tratamento. Para mantê-lo em tratamento, sua mulher e sua irmã tiveram que recorrer a uma clínica filantrópica. Para elas, a resistência dos planos de saúde em cobrir parte dos custos é "desumana". Cotidiano C4


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