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Trapalhadas marcaram Enem do começo ao fim
FABIANA REWALD
DA REPORTAGEM LOCAL
Os estudantes que prestaram
o Enem foram mais uma vez, na
última semana, vítimas das trapalhadas que marcaram desde
o início a transformação do
exame nacional em um vestibular unificado.
Na reta final da busca por
uma vaga no ensino superior,
os candidatos encontraram
uma série de problemas para se
inscrever na primeira rodada
do Sisu (Sistema de Seleção
Unificada). O site do sistema,
no qual vagas de 51 instituições
puderam ser disputadas com
base na nota do Enem, travou
ou funcionou lentamente nos
primeiros dias.
Os problemas só foram totalmente resolvidos pelo Ministério da Educação na segunda-feira, após três dias de ansiedade e de uma enxurrada de reclamações dos usuários.
Na quarta-feira, essa primeira rodada do sistema fechou,
resultando em 793.910 candidatos inscritos para 47.913 vagas -uma concorrência impressionante. Em 88 dos 974
cursos, a procura superou cem
candidatos por vaga, relação
que não foi alcançada por nenhuma carreira da Fuvest, o
maior vestibular do país.
O resultado, cuja divulgação
era prevista para sexta, acabou
saindo já na quinta à noite.
A antecipação foi uma das
poucas boas notícias que envolveram o processo de mudanças
do Enem. Os principais problemas foram a mudança apressada no modelo do exame, a alteração na data da prova, após
uma fraude realizada por amadores, e a divulgação de um gabarito errado -estopim para a
saída de Reynaldo Fernandes
da presidência do Inep, órgão
do Ministério da Educação responsável pelo Enem.
O próprio ministro Fernando Haddad acabou ficando com
a imagem arranhada.
Quem não foi aprovado em
nenhuma instituição nessa primeira etapa do Sisu ainda tem
duas rodadas, em fevereiro e
março, para disputar as vagas
que sobraram. Sem novos problemas, espera-se.
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