|
Próximo Texto | Índice
Tremor expôs fragilidade do Chile diante de tragédias
Martin Bernetti - 1º.mar.10/Frace Presse
![](../images/co0703201001.jpg) |
|
Morador de Talcahuano, no litoral chileno, caminha em área devastada por tsunami
THIAGO GUIMARÃES
DA REPORTAGEM LOCAL
O Chile foi atingido no último fim de semana por um terremoto de 8,8 graus na escala
Richter, o segundo maior já registrado no país e o quinto no
mundo. Com foco no mar, a
35 km de profundidade, mas
perto da costa, o sismo foi sentido em mais cinco países, incluindo o Brasil. O abalo gerou
também um tsunami, que destruiu parte da costa chilena.
No caos que se seguiu ao terremoto, cidades como Concepción, uma das mais atingidas,
registraram dois dias de saques
e violência, só contidos após a
chegada do Exército e a adoção
de um toque de recolher.
A uma semana de entregar o
poder, o governo de Michelle
Bachelet, aprovado por 80% da
população, virou alvo de críticas por falhas no sistema de
emergência militar -que descartou risco de tsunami- e pela
demora no controle da desordem. O próprio governo admitiu erro no cálculo dos mortos.
Devido a enganos no cômputo
dos desaparecidos, baixou para
452, até sexta, o número de
mortos -antes anunciados como 802. Ao menos 2 milhões de
imóveis sofreram danos.
Para um país com histórico
de terremotos, a sensação entre
o povo é a de um Estado menos
preparado para catástrofes do
que se pensava. Diante disso,
Sebastián Piñera, que assume a
Presidência na quinta, disse
que quer reformular o sistema
de emergências -algo que terá
que fazer também com seu programa de governo, voltado agora à reconstrução do Chile.
Próximo Texto: Os rostos da semana Índice
|