São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

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Tremor expôs fragilidade do Chile diante de tragédias

Martin Bernetti - 1º.mar.10/Frace Presse
Morador de Talcahuano, no litoral chileno, caminha em área devastada por tsunami

THIAGO GUIMARÃES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Chile foi atingido no último fim de semana por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter, o segundo maior já registrado no país e o quinto no mundo. Com foco no mar, a 35 km de profundidade, mas perto da costa, o sismo foi sentido em mais cinco países, incluindo o Brasil. O abalo gerou também um tsunami, que destruiu parte da costa chilena.
No caos que se seguiu ao terremoto, cidades como Concepción, uma das mais atingidas, registraram dois dias de saques e violência, só contidos após a chegada do Exército e a adoção de um toque de recolher.
A uma semana de entregar o poder, o governo de Michelle Bachelet, aprovado por 80% da população, virou alvo de críticas por falhas no sistema de emergência militar -que descartou risco de tsunami- e pela demora no controle da desordem. O próprio governo admitiu erro no cálculo dos mortos. Devido a enganos no cômputo dos desaparecidos, baixou para 452, até sexta, o número de mortos -antes anunciados como 802. Ao menos 2 milhões de imóveis sofreram danos.
Para um país com histórico de terremotos, a sensação entre o povo é a de um Estado menos preparado para catástrofes do que se pensava. Diante disso, Sebastián Piñera, que assume a Presidência na quinta, disse que quer reformular o sistema de emergências -algo que terá que fazer também com seu programa de governo, voltado agora à reconstrução do Chile.


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