São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Brasil não vai intervir na crise de Cuba, diz Garcia

O assessor da Presidência para os Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou ontem que o governo brasileiro "não é uma ONG" e que não irá intervir na atual crise dos direitos humanos em Cuba porque "se relaciona com outros governos, e não com dissidentes".
Garcia disse, em SP, que Lula trata da questão dos direitos humanos em Cuba "com a discrição que ele acha que tem que tratar" e defendeu que, às vezes, "a melhor forma de ajudar é não tomar partido". Para ele, as declarações de Lula foram "laterais" e "não refletem a posição do Brasil e nem do Lula sobre direitos humanos".
O presidente atraiu críticas ao dizer, no começo desta semana, que a Justiça cubana deve ser respeitada por prender pessoas com base na lei do país e que "greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos" para libertar presos. "Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade", comparou.
O dissidente Guillermo Fariñas faz greve de fome há 18 dias e está hospitalizado desde anteontem. Mundo A11


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