As ferrovias brasileiras estão próximas de alcançar seu limite de transporte de carga, segundo avaliação do governo e dos investidores no setor, informa Humberto Medina. Privatizada há pouco mais de dez anos, a malha que era operada pela extinta RFFSA teve um rápido aumento no volume de carga transportada nos início dos anos 2000, mas vive hoje uma desaceleração: de 2007 para 2008, quando foram transportadas 426,5 milhões de toneladas, esse aumento foi de 2,8%.
Para o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, problemas estruturais, como traçado inadequado da malha, fazem com que mais investimentos não se transformem em crescimento significativo da carga transportada -entre 2007 e o ano passado, os investimentos aumentaram 31% e a carga transportada não chegou a crescer 3%.
Como o contrato de privatização -que na verdade foi um aluguel da malha, chamado de "arrendamento"- não previa investimentos em melhorias estruturais, o governo está negociando com as atuais arrendatárias das ferrovias uma fórmula que torne interessantes para elas e para o Estado os investimentos. Por ano, a União recebe dos arrendatários da malha cerca de R$ 400 milhões. Dinheiro B10


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