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País recupera vagas perdidas na crise, vê PIB crescer e governo comemorar
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o país já comprovadamente a salvo da recessão, o governo Lula pôde anunciar nesta
semana, pela primeira vez, um
resultado no mercado de trabalho melhor que o do ano anterior -e que todos os outros.
Após seis meses de lenta recuperação, em agosto foram
criados 242.126 empregos formais, o maior número para o
período já medido pelo cadastro nacional criado em 1992. Ao
todo, o país recuperou, com alguma sobra, todas as vagas perdidas desde outubro, quando a
crise econômica se agravou em
todo o mundo.
A administração petista já faturava politicamente a superação da crise desde o anúncio de
que a renda do país havia voltado a crescer no segundo trimestre do ano, após os dois trimestres seguidos de queda que definiram a recessão mais aguda
desde o governo Collor.
Graças a mais um aumento
do consumo das famílias e à recuperação da indústria, o Produto Interno Bruto teve expansão de 2,9%, o que alimentou as
esperanças governistas de terminar o ano com resultado acima de zero, embora não muito.
"A atividade econômica voltou a funcionar a pleno vapor",
comemorou Lula. No entanto,
os próprios dados do PIB mostraram que os investimentos
-obras de infraestrutura e
aquisição de máquinas- se
mantiveram estagnados em patamares inferiores aos do lançamento do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
Tampouco a arrecadação de
impostos deu sinais de melhora. A receita do governo federal
caiu em agosto pelo décimo
mês consecutivo.
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