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Crise na economia reduz desmate, aponta estudo
Punição a desmatadores
ou desaquecimento da economia? Um estudo publicado hoje conclui que metade
do mérito pela queda do desmatamento na Amazônia em
meados desta década não é
do aumento da fiscalização,
mas sim da baixa no mercado de commodities.
Com uma série de comparações estatísticas, cientistas
do Brasil e dos Estados Unidos calcularam que 44% da
redução do desmate observada de 2004 a 2006 foi reflexo
da economia fraca.
O resto, dizem, pode ser
considerado mérito de políticas governamentais.
A criação de novas áreas
protegidas fez 37% do serviço, e os 18% finais foram
atingidos por meio de fiscalização e policiamento para
coibir desmatamento ilegal
-as chamadas políticas de
"comando e controle".
O novo estudo, liderado
por Britaldo Soares-Filho, da
UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais), traz outra
boa notícia: os produtores
que deixaram de desmatar
em um determinada área em
razão dessa pressão não migraram até outras regiões.
O fenômeno, chamado de
"vazamento", comprometeria uma série de esforços que
vêm sendo negociados para
ajudar a combater a emissão
de gases do efeito estufa.
Mas não é o que está acontecendo, segundo o trabalho
de Soares-Filho e colegas, divulgado pelo periódico
"PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Ciência A20
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