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'Carandiru é coisa do passado', afirma secretário de Segurança

DE SÃO PAULO

Responsável pela nomeação do tenente-coronel Salvador Modesto Madia para chefiar a Rota, o secretário da Segurança Pública paulista, Antonio Ferreira Pinto, disse que o fato de o oficial ser um dos réus no processo pelas 111 mortes no massacre do Carandiru não tem nada a ver com sua atuação à frente da tropa especial da PM.

"O [massacre do] Carandiru é coisa do passado. Não podemos julgar alguém por algo que aconteceu há quase 20 anos e ainda depende de decisão da Justiça. Isso não tem nada a ver com a realidade hoje", disse o secretário.

Segundo Ferreira Pinto, a escolha do tenente-coronel Madia para comandar a Rota obedeceu a critérios técnicos e de antiguidade dentro da Polícia Militar paulista.

"Ele era o oficial mais antigo à disposição e com conhecimento sobre como é a maneira especial de a Rota fazer seus trabalhos", disse.

Para o secretário, caso sua escolha tivesse sido por algum outro oficial que não tivesse ligação com o Batalhão de Choque, que agrega a Rota e a Cavalaria da PM, haveria descontentamento por parte dos comandados.

Ferreira Pinto citou o nome de outros oficiais da PM que, ao longo dos últimos anos, mesmo réus no processo do Carandiru, também foram promovidos.

O secretário lembrou dos casos dos coronéis Gerson dos Santos Rezende, que comandou a Polícia Rodoviária, e Arivaldo Sérgio Salgado, que atuou como chefe de gabinete do Comando da PM.

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