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Reitor de universidade de Rondônia diz que é vítima de homofobia

Ele pediu renúncia do cargo após greve de professores que já dura mais de 70 dias

DO ENVIADO A PORTO VELHO (RO)

O reitor da Unir (Fundação Universidade Federal de Rondônia), José Januário de Oliveira Amaral, afirmou que pediu renúncia do cargo, na quarta-feira, porque se viu como um entrave para o andamento da universidade, em greve há mais de 70 dias.

Eles disse que é inocente em relação às denúncias de supostos desvios de recursos na Fundação Riomar, ligada à Unir. "Indiquei a diretoria [da Riomar], mas, se as pessoas fizeram algo errado, elas devem responder por isso", disse em entrevista à Folha.

Os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia investigam supostos desvios de verbas e irregularidades em obras e licitações. O reitor afirma que é alvo de perseguição política e de homofobia (ele é homossexual assumido). "A greve não é para discutir melhorias. O objetivo sempre foi me tirar da reitoria". afirmou.

Januário admite que tem corresponsabilidade em parte dos problemas na universidade, como a falta de papel higiênico e de limpeza nos campi, mas atribui os problemas também à falta de recursos e de funcionários.

"Eu não soube lidar com o crescimento da universidade, que passou de 6.800 alunos em 2006 para mais de 11 mil neste ano." Sobre as obras paradas ou atrasadas, ele diz que o que foi licitado foi cumprido, mas que as obras não foram concluídas por falta de profissionais e recursos.

Como a saída do reitor ainda não foi publicada no "Diário Oficial da União", estudantes continuam acampados na reitoria e a greve ainda não foi encerrada.

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