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ÉZIO LEAL MORAES FILHO (1966-2011)

Super Ézio, herói do Fluminense

ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não era fácil ser ídolo do Fluminense na década de 90, os piores anos da história recente do clube. Para fazer gol jogando naquela equipe, diziam, só sendo um herói.

O atacante Ézio, de pouca técnica e muito oportunismo, fez 119 gols. E é um dos dez maiores artilheiros do clube.

Tricolor desde a infância no interior do Espírito Santo, jogou no Fluminense de 1991 a 1995. Virou herói e incorporou o "super" ao nome.

Conquistou o coração da torcida tricolor e a admiração até dos adversários. Quando marcava gol, o narrador Januário de Oliveira costumava dizer: "É disso, Super Ézio, é disso que o povo gosta".

Foi Oliveira quem inventou o apelido, durante um Fluminense x Botafogo que terminou empatado em 2 a 2.

"Depois ele me ligou agradecendo. Virou uma amizade incrível", disse o narrador.

A vítima preferida do atacante era o arquirrival Flamengo. Jogando contra o time da Gávea, marcou 12 gols.

E foi durante um Fla x Flu que Ézio fez um de seus jogos mais incríveis. Diante de 70 mil pessoas no Maracanã, balançou a rede três vezes e ajudou o Fluminense a vencer o Flamengo por 4 a 2.

Mesmo em tempos difíceis, mostrou amar o tricolor. Para ficar nas Laranjeiras, assinou até contratos em branco.

Ainda defendeu times como Atlético-MG e Olaria.

Sofria de câncer no pâncreas e morreu anteontem, aos 45, em um hospital no Rio.

O Fluminense anunciou luto de sete dias. Em jogo recente, o atacante Fred, atual ídolo tricolor, usou camiseta em homenagem a Ézio. Ele deixa mulher e dois filhos, um casal de gêmeos de 4 anos.

coluna.obituario@uol.com.br

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