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Nova Itororó

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Em homenagem ao teatro paulistano, a vila surrealista do Bixiga, ou vila Itororó, vai se transformar. Pelo projeto da prefeitura e do governo estadual, até 2013 a área ganhará salas de ensaio e restaurantes, além de museu das artes cênicas no bairro da Bela Vista, tradicional reduto do teatro da cidade.
A obra custará cerca de
R$ 50 milhões. Metade foi gasta entre desapropriação de imóveis, projeto arquitetônico e construção de moradias para 103 famílias.
A posse do terreno foi garantida pela Justiça, diz a prefeitura, e as últimas 67 famílias se mudarão para imóveis na região até o fim deste mês.
Segundo Antônia Souza Cândido, nove famílias não foram incluídas nos programas da CDHU -inclusive a dela. O órgão afirma que
a moradora se recusou a preencher o cadastro.
A família de Antônia e outras 77 entraram com ação de usucapião em 2007 (que ainda corre na Justiça), ano seguinte ao da desapropriação.
O proprietário era a Instituição Beneficente Augusto de Oliveira Camargo, de Indaiatuba. Em 1996 a instituição deixou de se comunicar com os moradores e de cobrar aluguel. A partir daí, houve invasões na vila.
Localizada na encosta do vale formado pelo córrego Itororó, hoje canalizado sob a avenida 23 de Maio, a vila nasceu dos sonhos de grandeza do empresário português Francisco de Castro.
Pedaços de demolição de diversos imóveis foram usados para erguer o local.
Já a transformação da vila em centro teatral é resultado da insistência dos arquitetos Decio Tozzi e Benedito Lima de Toledo, autores do projeto atual. Desde os anos 1970 eles estudam e apresentam propostas para a Itororó.

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