São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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SEGURANÇA

Estatísticas oficiais foram publicadas ontem no "Diário Oficial"; destaque positivo é a queda de 63% nos seqüestros

Morte em confronto com a PM sobe 60%

DA REPORTAGEM LOCAL

A quantidade de mortos em confronto com a PM no Estado de São Paulo bateu recorde no último trimestre de 2003 e no balanço do ano inteiro, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
Eles apontam que 229 pessoas morreram nessas situações entre outubro e dezembro e que, no total do ano passado, foram 868 casos, alta de 60,44% em relação a 2002. Esse tipo de levantamento é realizado desde julho de 1995.
Esse aumento se contrapõe ao número de PMs mortos em serviço, que caiu 54,76%, de 42 para 19.
As estatísticas também apontam elevação de latrocínios -6,93%- e redução -de 7,55%- de homicídios dolosos.
O maior destaque positivo está nos casos de extorsão mediante seqüestro. Esse tipo de crime, que começou a explodir em 2001, caiu 63,24% -de 321 para 118-, tendência verificada desde os últimos meses de 2002.
No ano passado, a Anistia Internacional divulgou relatório denunciando a violência policial no Brasil e em São Paulo. Também houve polêmica na Ouvidoria das Polícias -Fermino Fecchio foi substituído após acusar uma "política de matança" no Estado.
O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, é um dos nomes do PSDB cotados para disputar a prefeitura.
Segundo ele, não há hoje tendência de crescimento dessas mortes em confrontos com a PM.
Ele atribui a evolução em 2003 à alta nos confrontos com criminosos, devido à elevação do efetivo policial nas ruas. Diz que as mortes de PMs caíram porque eles estão mais bem equipados e que os excessos são punidos -mais de 900 foram demitidos em 2003.



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