São Paulo, domingo, 1 de fevereiro de 1998

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Crise educacional exige soluções diversificadas

FERNANDO ROSSETTI
da Reportagem Local

Não há um único Brasil quando se trata de diagnosticar os problemas da educação. Também não há acordo sobre como resolvê-los entre os especialistas que participaram de debate promovido pela Folha no último dia 21.
Mas há dois consensos básicos. O primeiro é que realmente há problemas, e eles são graves, sob qualquer perspectiva. Segundo: a área prioritária é o ensino fundamental -obrigatório para crianças de 7 a 14 anos e que concentra 75% dos estudantes do país.
Só que "muita coisa que acontece no ensino fundamental depende dos outros níveis de ensino", diz Maria Malta Campos, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação, a Anped.
Não adianta, por exemplo, pôr muito dinheiro nas escolas sem equacionar a formação dos professores -o problema central do ensino brasileiro, segundo Eunice Ribeiro Durham, responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação do governo federal.
Também não adianta ter políticas públicas que não levem em conta diferenças regionais.
Esse é um dos complicadores da transferência da gestão do ensino fundamental para os municípios -que está em curso no país devido à implantação do fundão (leia glossário).
"Municipalizar, simplesmente, pode ser um absoluto desastre", diz Carlos Augusto Abicalil, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a CNTE.
Para Walfrido dos Mares Guia, vice-governador de Minas Gerais e mentor da reforma do ensino no Estado, a solução "é criar o conceito de rede pública compartilhada".



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