FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OLINDA

O Bacalhau do Batata, o mais famoso bloco carnavalesco de Pernambuco da Quarta-Feira de Cinzas, completou ontem seu 40º desfile em Olinda mantendo as tradições do atraso na saída e da distribuição de mungunzá (canjica) para os foliões.
O bloco saiu às 11h, duas horas após o horário estabelecido. Puxaram o grupo bonecos gigantes e o tradicional estandarte da agremiação, confeccionado com um bacalhau aberto, legumes e verduras pendurados.
Na concentração, a troça Mungunzá de Taís e Zuza, que também participou do desfile, distribuiu cerca de cem quilos do alimento aos foliões que aguardavam desde a madrugada o início da festa no Alto da Sé.
Criado pelo garçom Isaías Ferreira da Silva para proporcionar um dia de festa aos que trabalharam durante o Carnaval, o Bacalhau do Batata saiu às ruas pela primeira vez em 1962. Nem a morte do garçom, em 1993, fez parar a brincadeira.
Ao contrário, na trilha do sucesso do Batata, outros blocos, como o Bacalhau da Verdura e do Urso Fura Couro, surgiram na cidade.
A festa no centro histórico de Olinda só terminaria à noite, após a passagem de pelo menos oito agremiações. Entre as mais esperadas estavam A Jaula e o Bicho Maluco Beleza, do cantor e compositor Alceu Valença.
Em Recife, o último desfile acontecerá domingo, na praia de Boa Viagem. O bloco que vai fechar o Carnaval pernambucano é o Camburão da Alegria, da Polícia Militar. Cerca de 100 mil foliões são esperados.


Texto Anterior: Atraso prejudica encontro de trios na Bahia
Próximo Texto: Panorâmica - Desastre: Herbert Vianna reconhece seus filhos e pais
Índice