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Investigador usou seu telefone na negociação
DA REPORTAGEM LOCAL
As ligações feitas por Wanderson Newton de Paula Lima,
o Andinho, para os sequestradores das duas irmãs partiram
do telefone Nextel do investigador João Eduardo Diego, do
Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos).
Foi ele que acreditou na possibilidade de libertação das reféns com a interferência do sequestrador e negociou diretamente com Andinho.
"No começo, ele resistiu",
disse ontem, em meio a cumprimentos de colegas pela resolução do caso.
Foi o investigador que ofereceu o próprio Nextel alegando
a Andinho que seu aparelho
não registraria os números discados, como um telefone celular comum.
Foram dezenas de ligações,
inclusive à noite, de segunda-feira até ontem, do Nextel para
um celular em poder dos outros sequestradores.
Na estratégia de conseguir a
adesão de Andinho, Diego não
alegou que a pena do sequestrador poderia aumentar se ele
não colaborasse.
"Para ele, condenado a vários
anos, isso não adiantaria", afirmou o policial.
Diego disse que apelou para a
situação família de Andinho:
mulher e uma filha. "Eu falei
que se a mulher fosse envolvida
no caso, a filha poderia ficar desamparada. Não existe nenhum envolvimento da família
dele, mas isso é uma estratégia", sustentou o policial.
Segundo Diego, Andinho falou aos sequestradores que estava preso e pediu que soltassem as reféns para evitar problemas com sua família.
A negociação começou a correr bem a partir de anteontem à
noite. Policiais acreditaram
que as duas reféns poderiam
ter sido soltas pela quadrilha
ainda naquele dia.
O Denarc também investiga
o envolvimento de Andinho no
tráfico de entorpecentes. Dois
integrantes de sua quadrilha
foram presos na segunda-feira
em uma casa cujo proprietário
é um traficante que atua na região de Campinas.
(GP)
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