|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo vai mapear os municípios e as maternidades onde há mais mortes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde pretende mapear os municípios e
maternidades com mais óbitos
de bebês para focar neles a
atuação contra a mortalidade
infantil. A lista deverá ser feita
após consulta a secretarias estaduais e municipais.
Nas cidades menores, a ideia
é estimular a formação de consórcios em que os custos seriam divididos com prefeituras.
Recentemente, o governo fez
um acordo com os governadores do Nordeste e da Amazônia
para reduzir em 5% ao ano as
taxas de mortalidade neonatal
(até o 27º dia de vida).
Segundo Elsa Giugliani,
coordenadora técnica da área
de Saúde da Criança do ministério, é preciso investir mais
em infraestrutura e aumentar o
número de leitos de cuidados
intermediários e de UTI neonatal, hoje insuficientes. Mas,
sem aportes em pessoal, esse
pode ser um investimento sem
frutos, diz. "Temos relatos de
maternidades equipadas, com
alta tecnologia, mas sem profissional de saúde para tocar."
Para Marcos Franco, assessor técnico do Conasems (conselho dos secretários municipais de saúde), para reduzir os
índices de mortalidade infantil
é preciso fazer diagnósticos específicos para cada região.
"Em alguns lugares, o acesso
ao serviço é o mais complicado,
como na Amazônia. Em outros,
a questão do desenvolvimento
humano e a questão social são
extremamente importantes.
Em outros, o saneamento, como nas grandes metrópoles."
Ele aponta, porém, que é preciso mais recursos, principalmente da União, que, ao menos
no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
não aumentou o orçamento da
Saúde em relação ao total federal. "Temos uma dívida histórica com a saúde. Os serviços estão melhorando, mas não na
velocidade necessária."
Texto Anterior: Marsilac é o campeão em mortalidade de bebês com menos de um ano em SP Próximo Texto: Recém-nascido deve ser levado ao pediatra até o sétimo dia de vida, dizem médicos Índice
|