São Paulo, domingo, 01 de março de 2009

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Governo vai mapear os municípios e as maternidades onde há mais mortes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde pretende mapear os municípios e maternidades com mais óbitos de bebês para focar neles a atuação contra a mortalidade infantil. A lista deverá ser feita após consulta a secretarias estaduais e municipais.
Nas cidades menores, a ideia é estimular a formação de consórcios em que os custos seriam divididos com prefeituras.
Recentemente, o governo fez um acordo com os governadores do Nordeste e da Amazônia para reduzir em 5% ao ano as taxas de mortalidade neonatal (até o 27º dia de vida).
Segundo Elsa Giugliani, coordenadora técnica da área de Saúde da Criança do ministério, é preciso investir mais em infraestrutura e aumentar o número de leitos de cuidados intermediários e de UTI neonatal, hoje insuficientes. Mas, sem aportes em pessoal, esse pode ser um investimento sem frutos, diz. "Temos relatos de maternidades equipadas, com alta tecnologia, mas sem profissional de saúde para tocar."
Para Marcos Franco, assessor técnico do Conasems (conselho dos secretários municipais de saúde), para reduzir os índices de mortalidade infantil é preciso fazer diagnósticos específicos para cada região.
"Em alguns lugares, o acesso ao serviço é o mais complicado, como na Amazônia. Em outros, a questão do desenvolvimento humano e a questão social são extremamente importantes. Em outros, o saneamento, como nas grandes metrópoles."
Ele aponta, porém, que é preciso mais recursos, principalmente da União, que, ao menos no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não aumentou o orçamento da Saúde em relação ao total federal. "Temos uma dívida histórica com a saúde. Os serviços estão melhorando, mas não na velocidade necessária."


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