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Construção de museu planejado por Niemeyer no Rio está parada
Interrupções causam prejuízos e custo total deve ser 25% maior que o previsto
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
Projetado por Oscar Niemeyer para ser o maior museu cinematográfico do país, o Centro Petrobras de Cinema está
com as obras paradas e sem
prazo para a conclusão. A construção de 8.300 metros quadrados em formato de rolo de filme, que fica em frente à baía de
Guanabara, no bairro de São
Domingos, em Niterói, faz parte do Caminho Niemeyer, concebido para homenagear o centenário do arquiteto e revitalizar a orla da cidade.
A expectativa é que o polo cinematográfico, que já consumiu R$ 12 milhões, seja ponto
de referência, assim como o
MAC (Museu de Arte Contemporânea), a primeira obra do
caminho, inaugurada em 1996.
O projeto do arquiteto, de 2001,
prevê além do museu, um auditório para 700 pessoas, seis salas de cinema, lojas, bares e um
café. Segundo o arquiteto Jair
Valera, do escritório Niemeyer,
a obra poderia estar pronta
desde 2003, se não tivesse sido
paralisada por falta de verba.
As interrupções já causaram
prejuízos. O custo total deve
chegar a R$ 20 milhões, 25% a
mais que o previsto inicialmente. A construção inacabada foi
invadida por moradores de rua,
cabos de energia foram furtados e a área onde será o auditório virou um "piscinão" de lodo.
A estrutura dos prédios está
pronta. A principal, que abrigará cinco salas de exibição, lojas,
bares e café, já está envidraçada. O bloco anexo, circular de
três pavimentos, terá o auditório, o museu, administração e
mais uma sala de projeção.
O espaço abrigará também a
Academia Brasileira de Cinema
e poderá receber eventos, inclusive festivais de cinema. O
museu fica próximo da Universidade Federal Fluminense,
que conta com a única faculdade pública de cinema do RJ.
Com a indefinição de quem
será o grupo operador, o Grupo
Executivo Caminho Niemeyer
-vinculado à prefeitura- evita
falar sobre possíveis mudanças
do projeto e não informa quando a obra vai terminar. Valera
estima que as obras estejam
prontas em seis meses.
A Petrobras já patrocinou
três fases do projeto. A empresa
diz que o edital para a ocupação
das salas e para o término da
obra está em fase de preparação. A contratação de uma nova
fase ainda está em análise.
A expectativa do arquiteto é
que agora, depois da posse de
Jorge Roberto Silveira (PDT)
na Prefeitura de Niterói, o projeto seja retomado. Ele foi o
idealizador do segundo maior
conjunto arquitetônico de Niemeyer, na década passada.
Além do MAC, já foram concluídos a praça Juscelino Kubitschek e o Centro de Memória Fluminense Governador
Roberto Silveira. Em fase de
conclusão, o prédio do Teatro
Popular e a Fundação Oscar
Niemeyer já recebem visita de
turistas, principalmente de estrangeiros.
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