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Técnicos fazem a quarta perícia na casa onde casal foi assassinado
DA REPORTAGEM LOCAL
Técnicos do IC (Instituto de
Criminalística) realizaram ontem
a quarta perícia na casa do empresário Luiz Carlos Rugai, 40, e sua
mulher, Alessandra, 33, assassinados a tiros no último domingo.
Nas mãos dos policiais já estão os
telefones celulares das vítimas,
suas agendas pessoais, anotações
que estavam espalhadas pela casa
e até uma porta interna do imóvel.
Nessa porta -arrombada durante o crime- estariam dois
fragmentos de impressões digitais
encontrados na casa que têm
maior chance de não serem das
vítimas. Outros seis vestígios foram identificados por peritos,
mas estavam na superfície de taças e talheres.
A porta da sala de vídeo -parte
da casa onde Rugai teria se escondido- foi retirada ontem por peritos para passar por uma análise
mais minuciosa. Ela foi arrombada pelo assassino durante a perseguição ao empresário.
A coleta de pequenas anotações
e agendas faz parte do plano da
polícia de refazer os contatos feitos pelo casal nas suas últimas horas de vida.
Os policiais querem saber, por
exemplo, se Rugai e Alessandra
esperavam alguém.
A polícia já descartou a hipótese
de latrocínio (roubo com a morte
da vítima). Nada foi levado da casa, apesar de objetos de valor estarem próximos das vítimas.
Uma das linhas de investigação
da polícia é a possibilidade do crime estar ligado a uma fraude financeira na produtora Referência
Filmes, de propriedade de Rugai.
A polícia deve pedir a quebra dos
sigilos bancário e telefônico do casal e da empresa.
Ontem, oito pessoas foram ouvidas pelo DHPP (Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa). Elas seriam ligadas à produtora de Rugai. O inquérito tramita
em segredo de Justiça.
Os irmãos Gil, 20, e Leonardo,
19, filhos do primeiro casamento
do empresário, devem ser ouvidos hoje pelo DHPP. A polícia
pretendia ouvi-los ontem, mas o
depoimento foi adiado.
A família de Gil e Leonardo procurou o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira -ex-secretário estadual de Segurança Pública no governo de Orestes Quércia,
que já defendeu o ex-senador Jader Barbalho e ex-prefeito Celso
Pitta, entre outros- para que ele
acompanhe o caso.
Ele esteve ontem no DHPP para
se informar do inquérito, mas disse que ainda não decidiu se vai
aceitar o caso. Mariz de Oliveira
também afirmou que a família
ainda não definiu qual será seu
papel no processo.
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