São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Técnicos fazem a quarta perícia na casa onde casal foi assassinado

DA REPORTAGEM LOCAL

Técnicos do IC (Instituto de Criminalística) realizaram ontem a quarta perícia na casa do empresário Luiz Carlos Rugai, 40, e sua mulher, Alessandra, 33, assassinados a tiros no último domingo. Nas mãos dos policiais já estão os telefones celulares das vítimas, suas agendas pessoais, anotações que estavam espalhadas pela casa e até uma porta interna do imóvel.
Nessa porta -arrombada durante o crime- estariam dois fragmentos de impressões digitais encontrados na casa que têm maior chance de não serem das vítimas. Outros seis vestígios foram identificados por peritos, mas estavam na superfície de taças e talheres.
A porta da sala de vídeo -parte da casa onde Rugai teria se escondido- foi retirada ontem por peritos para passar por uma análise mais minuciosa. Ela foi arrombada pelo assassino durante a perseguição ao empresário.
A coleta de pequenas anotações e agendas faz parte do plano da polícia de refazer os contatos feitos pelo casal nas suas últimas horas de vida.
Os policiais querem saber, por exemplo, se Rugai e Alessandra esperavam alguém.
A polícia já descartou a hipótese de latrocínio (roubo com a morte da vítima). Nada foi levado da casa, apesar de objetos de valor estarem próximos das vítimas.
Uma das linhas de investigação da polícia é a possibilidade do crime estar ligado a uma fraude financeira na produtora Referência Filmes, de propriedade de Rugai. A polícia deve pedir a quebra dos sigilos bancário e telefônico do casal e da empresa.
Ontem, oito pessoas foram ouvidas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Elas seriam ligadas à produtora de Rugai. O inquérito tramita em segredo de Justiça.
Os irmãos Gil, 20, e Leonardo, 19, filhos do primeiro casamento do empresário, devem ser ouvidos hoje pelo DHPP. A polícia pretendia ouvi-los ontem, mas o depoimento foi adiado.
A família de Gil e Leonardo procurou o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira -ex-secretário estadual de Segurança Pública no governo de Orestes Quércia, que já defendeu o ex-senador Jader Barbalho e ex-prefeito Celso Pitta, entre outros- para que ele acompanhe o caso.
Ele esteve ontem no DHPP para se informar do inquérito, mas disse que ainda não decidiu se vai aceitar o caso. Mariz de Oliveira também afirmou que a família ainda não definiu qual será seu papel no processo.


Texto Anterior: Violência: Policial mata 2 e é morto em LAN house
Próximo Texto: Presos nove acusados de integrar quadrilha que traficava maconha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.