São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2008

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Na saída do DP, delegada chama pai de menina de "assassino"

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora a Polícia Civil ainda não tenha data para concluir as investigações em torno da morte da menina Isabella, a delegada Maria José Figueiredo gritou "assassino" enquanto acompanhava, em meio a um grupo de jornalistas e curiosos, a saída do pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, da delegacia na madrugada de ontem.
Maria José fazia plantão no 9º DP no domingo e ficou a cerca de cinco metros do carro onde estavam Nardoni e a mulher.
Questionada pela Folha por ter chamado o consultor de "assassino", a policial disse estar revoltada com o consultor. "Como uma pessoa dessa tem coragem de fazer isso com um filho?", disse a delegada.
E continuou: "Uma testemunha, um vizinho, disse ter ouvido a menina gritar: "pára, pára pai'", afirmou ela, sem dar mais detalhes sobre a testemunha.
A Folha questionou a Secretaria da Segurança Pública se o órgão considera adequado o comportamento da delegada, mas não obteve resposta.
Outro integrante da polícia disse à Folha que uma testemunha afirmou, durante depoimento, ter ouvido a criança pedir ao pai que parasse de agredi-la. Esse policial, porém, pediu anonimato e não deu o nome da testemunha.
Os gritos da menina, ainda segundo essa testemunha, foram ouvidos momentos antes de o corpo dela ser encontrado no jardim. Ela estava com a camiseta rasgada nas costas.
A polícia diz que investiga se há outros relatos de agressão. Depoimentos da família da mãe, porém, dizem justamente o contrário -que havia uma afeição entre os dois.


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