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Na saída do DP, delegada chama pai de menina de "assassino"
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora a Polícia Civil ainda
não tenha data para concluir as
investigações em torno da morte da menina Isabella, a delegada Maria José Figueiredo gritou "assassino" enquanto
acompanhava, em meio a um
grupo de jornalistas e curiosos,
a saída do pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, da delegacia na madrugada de ontem.
Maria José fazia plantão no
9º DP no domingo e ficou a cerca de cinco metros do carro onde estavam Nardoni e a mulher.
Questionada pela Folha por
ter chamado o consultor de
"assassino", a policial disse estar revoltada com o consultor.
"Como uma pessoa dessa tem
coragem de fazer isso com um
filho?", disse a delegada.
E continuou: "Uma testemunha, um vizinho, disse ter ouvido a menina gritar: "pára, pára
pai'", afirmou ela, sem dar mais
detalhes sobre a testemunha.
A Folha questionou a Secretaria da Segurança Pública se o
órgão considera adequado o
comportamento da delegada,
mas não obteve resposta.
Outro integrante da polícia
disse à Folha que uma testemunha afirmou, durante depoimento, ter ouvido a criança
pedir ao pai que parasse de
agredi-la. Esse policial, porém,
pediu anonimato e não deu o
nome da testemunha.
Os gritos da menina, ainda
segundo essa testemunha, foram ouvidos momentos antes
de o corpo dela ser encontrado
no jardim. Ela estava com a camiseta rasgada nas costas.
A polícia diz que investiga se
há outros relatos de agressão.
Depoimentos da família da
mãe, porém, dizem justamente
o contrário -que havia uma
afeição entre os dois.
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