São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2008

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Pacientes com plano de saúde recorrem às tendas militares para tratar doença

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Clientes de planos de saúde buscaram nas tendas militares o atendimento médico contra a dengue que não encontraram nos hospitais e clínicas particulares. Os três hospitais de campanha montados pelas Forças Armadas começaram a funcionar ontem em três pontos do Rio. Neles, os pacientes aguardam em média 30 minutos, passam por uma triagem no terminal rodoviário Alvorada e, então, são levados de ônibus até o local de atendimento.
No hospital de campanha é feita a coleta de sangue e, se necessário, o paciente é encaminhado para um leito para receber hidratação.
O resultado do exame demora cerca de dez minutos para ser entregue ao paciente. Bem diferente do que a aposentada chilena Berta Iturra Parada, 74, disse ter encontrado na clínica São Bernardo, na Barra da Tijuca (zona oeste).
"Aqui foi tudo rapidinho. Estive ontem [anteontem] na clínica São Bernardo e esperei três horas para um resultado de plaquetas", disse.
Berta não apresentou sintomas da doença, mas foi orientada a fazer acompanhamento e optou pelo hospital da Aeronáutica. A Folha não conseguiu localizar ninguém na clínica São Bernardo, até a noite de ontem, para comentar a demora no atendimento.
A professora Rogéria Motta de Santana, 47, também levou a irmã Angélica, 42, às barracas da Aeronáutica para fugir das filas em hospitais particulares.
"Levei meu filho na semana passada para um hospital público e demorou muito. Tenho plano de saúde classe A, mas esperei duas horas só para ser atendida na recepção. Mais duas horas para o exame ficar pronto. Até o atendimento, demorou umas cinco horas", diz.
O hospital da Aeronáutica conta com 40 leitos para hidratação e dois na UTI, mas não possui internação. Caso um paciente esteja em estado grave, é transferido para um hospital convencional.


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