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SP registra 8 mortes por febre amarela
Todos os casos deste ano foram na região de Botucatu: 6 em Piraju, 1 em Sarutaiá e 1 em Itatinga; no ano passado, houve 2 mortes
Quem for para a região na
Páscoa deve tomar vacina
o quanto antes; quem não for
para áreas de risco
não precisa se imunizar
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Oito mortes por febre amarela silvestre foram registradas
neste ano no Estado de São
Paulo. Todas na região de Botucatu (238 km de São Paulo): seis
em Piraju, uma em Sarutaiá e
uma em Itatinga, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Em
todo o ano passado, o Estado
teve duas mortes.
A pasta alerta as pessoas que
pretendem viajar para 20 municípios da região de Botucatu
no feriado da Páscoa para tomar a vacina contra a doença
-para ser totalmente eficaz, a
imunização, válida por dez
anos, deve ser feita com ao menos dez dias de antecedência.
As pessoas que não forem
viajar para áreas de risco não
devem ser vacinadas. Em 2008,
quando houve uma corrida aos
postos, duas pessoas morreram
no Estado em decorrência de
reações à vacina.
Piraju (334 km da capital
paulista) já registrou 42 notificações de casos suspeitos, conforme a prefeitura. Todas em
março. Além das seis mortes
confirmadas, outra está sendo
investigada. A última foi registrada anteontem: um homem
de 34 anos.
"Nunca tivemos um caso de
febre amarela aqui. Todos os
mortos frequentavam matas da
região", informou o diretor da
Vigilância Sanitária de Piraju,
Márcio de Oliveira. Ele afirmou
que quase 100% da população
foi vacinada após "uma corrida" aos postos de saúde.
Ontem, em Botucatu, as pessoas formaram filas nos postos
de saúde para tomar a vacina.
Mosquito
A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida por mosquitos infectados. Pode levar à morte em uma
semana se não for tratada rapidamente. Não é transmitida de
pessoa para pessoa. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, vômitos, dores no
corpo, pele e olhos amarelados.
A contaminação na região de
Botucatu foi da forma silvestre;
a febre amarela urbana não é
registrada no país desde 1942.
Ainda de acordo com Oliveira, está sendo feito um monitoramento das matas da região,
mas não foram encontrados
macacos mortos. A morte de
animais por febre amarela indica a presença do vírus e o risco
de transmissão para humanos.
Para Clélia Aranda, coordenadora de Controle de Doenças
da secretaria, a maior preocupação agora é garantir a vacinação dos viajantes que irão para
a região na Páscoa.
"O que falta agora é a vacinação das pessoas que viajam para lá. Daqui a dez dias é o feriado e, se não tomarem a vacina
agora, não estarão protegidos
para a viagem", afirmou.
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