São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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Reforma de viadutos leva até 2 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura irá demorar até dois anos para concluir as obras de recuperação de nove viadutos da cidade considerados pela atual administração como os que estão em "situação mais crítica" -de um total de 136.
Os viadutos -Bresser, Conselheiro Carrão (zona leste), Augusta, Doutor Plínio de Queirós, do Glicério, Engenheiro Orlando Murgel, Café (centro), Lapa (oeste) e Pacheco e Chaves (sul)- apresentam problemas característicos de falta de manutenção, como fissuras, rompimentos de cabos de sustentação, infiltrações, danos nos apoios e nas juntas.
A previsão inicial é de que o Augusta seja entregue em meados de fevereiro. O último, o elevado do Glicério, somente ficará pronto depois de agosto de 2004.
Segundo Roberto Bortolotto, secretário de Infra-Estrutura Urbana, os problemas não apresentam risco à população e a interdição será necessária apenas nas fases finais de reforma, quando haverá a troca do asfalto por concreto. As obras custarão R$ 65 milhões aos cofres municipais.

Visita
A prefeita Marta Suplicy esteve ontem no viaduto Bresser e assinou a ordem de início das obras. Embaixo do viaduto, moram 32 pessoas. É o caso do baiano Antônio Luís Silva, 39, carroceiro.
Em conversa com a prefeita, Silva contou que mora no local há um ano e que o trabalho de catar papelão lhe rende R$ 7 por dia.
Sobre a situação dos moradores de viaduto, Marta afirmou que "essas são as condições em que vive o povo brasileiro", em crítica à política econômica adotada pelo presidente Fernando Henrique.
Marta disse que os moradores serão retirados até o dia 15 e irão para um galpão próximo. O aluguel será R$ 3.500 mensais.



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