São Paulo, quinta, 1 de maio de 1997.

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Usuários temem depredações

da Reportagem Local

Os usuários dos trens da CPTM da linha noroeste-sudeste, do trecho entre Jundiaí e Pirituba, reinaugurado ontem, temem que a ``alegria dure pouco'' e ocorram novas depredações no futuro.
``Por enquanto o vagão e as estações estão bonitas, mas eu quero ver depois, à noite, quando a molecada começar a pichar'', disse o motorista particular Alairton Ceará, 54, morador de Caieiras (Grande SP), que voltou a usar o trem.
Apesar de preocupado com o futuro dos trens, Ceará deve economizar uma hora no transporte de sua casa até o trabalho. ``Sem trem, tinha de sair de casa às 6h30, agora posso sair às 7h30.''
O eletricista Carlos Alberto Siqueira, 35, morador de Francisco Morato (Grande SP), chegou à estação às 7h05 de ontem. O trem que pegou chegou às 7h18, após um intervalo de 13 minutos -2 a mais do que o previsto pela CPTM.
Segundo Siqueira, antes da depredação das estações, o serviço era péssimo. ``Os trens superlotavam, surfista de trem não faltava.''
O eletricista gostou do serviço que encontrou ontem, mas temia perda da qualidade. ``Quero ver se daqui há duas semanas, caso tirem os ônibus, vai continuar assim.''
``Se o trem tiver segurança para que não aconteçam novas depredações, vai dar certo, mas os ônibus devem ser mantidos como opção para evitar superlotação'', disse o aposentado Antonio Quirino da Costa, 59, que deverá economizar 40 minutos entre Francisco Morato e a estação da Luz.

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