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TRANSPORTE
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte mediu velocidades em avenidas de oito capitais
Ônibus chega a rodar em ritmo de pedestre
RAQUEL LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A velocidade média de um ônibus na avenida Rio Branco, no
Rio de Janeiro, à tarde, pode chegar a ser de 6 km/h, ou seja, a mesma de uma pessoa caminhando.
Esse é um dos resultados de
uma pesquisa realizada em abril
pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em oito capitais, excluindo São Paulo, para detectar problemas no transporte
coletivo. Pela manhã, a velocidade
dos ônibus na mesma avenida fica
em torno de 11 km/h.
O corredor da Cumeada Liberdade, em Salvador (BA), também
apresentou baixa velocidade durante a tarde: 10 km/h. Pela manhã, sobe para 14 km/h.
As avenidas pesquisadas pela
confederação foram selecionadas
por terem congestionamento
causados, na maioria das vezes,
pela existência de um elevado número de semáforos, conversões,
travessias de pedestres, paradas,
cruzamentos e grande tráfego de
ônibus, peruas e carros.
Além do Rio de Janeiro e de Salvador, o levantamento também
foi feito em avenidas de Goiânia,
Belém, Recife, Belo Horizonte,
Curitiba e Fortaleza.
No geral, a velocidade média
operacional dos ônibus de transporte coletivo -que considera
tempo de parada e todos os obstáculos- variou de 10 km/h a 18
km/h, no pico da manhã, e de 6
km/h a 20 km/h, no pico da tarde.
À tarde, os ônibus andam mais
rápido em Belo Horizonte (MG).
A avenida Presidente Antônio
Carlos registrou velocidade média de 19,8 km/h. Já a avenida Domingos Ferreira, em Recife (PE), é
a que oferece melhores condições
para os ônibus no período da manhã -os veículos atingem velocidade de 18,1 km/h.
A pesquisa da Confederação
Nacional do Transporte considerou ainda a velocidade de deslocamento desenvolvida pelos ônibus -sem tráfego e obstáculos
(veja os resultados no quadro).
Conclusão
Para a Confederação Nacional
do Transporte, existe uma falha
no uso e ocupação do espaço viário que prejudica o transporte coletivo. A confederação defende a
intervenção do Estado no uso do
espaço urbano por meio de adoção de políticas públicas que priorizem o transporte coletivo.
A Confederação Nacional do
Transporte propõe ainda a criação de mecanismos tributários
como forma de estabelecer uma
compensação sobre o uso do espaço viário proporcional ao seu
nível de eficiência.
O levantamento dos dados da
pesquisa de velocidade foi feita
por meio de viagens nos ônibus,
tendo sido realizadas um mínimo
de 24 em cada trecho, segundo a
confederação. De acordo com a
confederação, o estudo não foi
feito em São Paulo porque já existem levantamentos referentes à
velocidade e ocupação do sistema
de transporte coletivo.
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