São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Supremo suspende horário-padrão para tribunais brasileiros

Resolução do CNJ entraria em vigor na 2ª; ministro pediu prazo para receber informações sobre os atuais horários

Luiz Fux diz que espera levar o caso ao plenário do STF em agosto; até lá, horários dos tribunais ficam inalterados

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux decidiu ontem suspender, pelo menos até agosto, a resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que determinou um horário-padrão aos tribunais brasileiros.
Essa resolução entraria em vigor na próxima segunda, 4 de julho, quando todos deveriam seguir o mesmo horário, das 9h às 18h, sem pausa.
A medida provocou a reação de juízes em todo o país. Eles argumentavam que o CNJ não considerou as peculiaridades de cada Estado.
Em abril, o conselho amenizou a decisão, aceitando o intervalo de almoço onde há poucos funcionários.
A medida não serviu para acalmar a magistratura. Dias depois, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) criticou a resolução no STF, com uma ação direta de inconstitucionalidade que questionou a competência do CNJ para definir tal regra.
A AMB pediu que o STF suspendesse, liminarmente, a resolução, até que mérito do pedido fosse julgado.
Foi exatamente isso o que o ministro Luiz Fux, que é o relator do caso, decidiu.
Ele explicou que pediu que todos os tribunais informassem seus horários de funcionamento, mas, como não recebeu todas as informações, decidiu suspender a resolução até que isso ocorra.
Segundo Fux, as realidades dos tribunais são muito diferentes umas da outras. "Além disso, também existe esse debate jurídico sobre a autonomia dos tribunais e a atuação subsidiária do CNJ."
Ele disse que, assim que tiver as informações ("Imagino que em agosto"), levará o caso ao plenário do STF. Até lá, ficam valendo os horários estipulados por cada tribunal.


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