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Estudante é preso
por tráfico de crack
da Agência Folha, em Bauru
Um estudante de 15 anos foi preso em Botucatu (SP) sob a acusação de traficar crack na escola pública na qual estudava.
A prisão do rapaz foi feita na sexta-feira passada pela Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) depois de três semanas de
investigação policial.
Segundo o delegado Paulo Buchignani, o estudante F. S. S. foi
preso após vender uma pedra de
crack para um adolescente em
frente à escola estadual Professor
Francisco Gedelha. F. S. S não tem
passagem pela polícia e está preso
na cadeia da cidade vizinha de Itatinga, enquanto o Juizado da Infância e Juventude providencia
uma vaga na Febem (Fundação do
Bem-Estar do Menor).
Segundo o delegado, o estudante
portava oito papelotes de crack ao
ser preso por policiais disfarçados.
Buchignani disse que o rapaz contou à polícia que revendia a droga
no colégio e que ganhava 50% do
lucro. A polícia chegou até ele por
meio de denúncia anônima.
"O garoto disse, com muito cinismo, que não iria dizer o nome
do traficante para o qual trabalhava", disse o delegado, que afirmou
ter encontrado mais dois papelotes de crack na casa do estudante.
Buchignani disse que foi a primeira vez que conseguiu prender
um estudante envolvido com o
tráfico, embora receba muitas denúncias de casos semelhantes.
Segundo o titular da Dise, professores e a direção da escola tomam precauções para evitar problemas ao saber de envolvimento
de alunos com o tráfico.
Buchignani disse que Botucatu
(210 km a oeste de São Paulo) representa o que acontece em outras
cidades de porte médio do interior
do Estado. "Tenho conversado
com delegados de outras cidades e
coisa vem ficando assustadora."
O delegado afirmou que, nos últimos meses, fez dez autuações de
tráfico em um ponto onde há concentração de estudantes.
A Dise mantém em Botucatu o
Museu do Entorpecente, como
forma de trabalho preventivo. Os
policiais percorrem as escolas
mostrando peças do museu, como
órgãos humanos de pessoas que
morreram em consequência do
uso de drogas.
(WAGNER OLIVEIRA)
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