|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Recuperada, grávida não quer nem ouvir falar da gripe
Publicitária teve de fazer dois exames para confirmar contaminação com o vírus
Primeiros sinais da doença apareceram após viagem a Curitiba; mulher já retomou a sua rotina profissional e deve dar à luz em setembro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Grávida de sete meses, a publicitária Tali Kasakin Monte
Rosa, 35, não pode nem ouvir
falar em gripe suína. Há aproximadamente um mês, ela sentiu
um forte mal-estar e descobriu,
depois de dois exames, que havia contraído o vírus A (H1N1).
Hoje, já recuperada, ela ainda
teme a doença.
Os primeiros sinais da nova
gripe apareceram depois que
a publicitária voltou de uma
viagem que havia feito para
Curitiba. "Grávidas se sentem
mal o tempo todo. Achamos
que era um resfriado", afirma o
advogado Marcos Zwarg, 34,
marido de Tali.
A obstetra do casal, no entanto, decidiu manter Tali em observação na maternidade
do hospital Albert Einstein, no
Morumbi, na zona oeste da capital paulista.
Isolamento
O primeiro exame não apontou a doença, mas, como a febre
permanecia em torno dos 38C,
os médicos pediram um segundo teste, que deu positivo. Ela
então foi isolada no hospital e
ainda fez outro exame para
comprovar a gripe suína.
O casal ficou apreensivo com
a notícia, mas logo os sintomas
da gripe suína foram controlados. Dos sete dias em que Tali
precisou ficar hospitalizada,
quatro foram no isolamento de
outros pacientes.
O marido e a mãe dela permaneceram no hospital, mas tinham de usar máscaras, aventais e álcool em gel para limpar
as mãos e evitar que se contaminassem.
"Não tínhamos informação
nenhuma [dos médicos]. Eu ficava perguntando para as enfermeiras", diz Marcos.
O Albert Einstein informa
que segue todos os protocolos
do Ministério da Saúde e que
tem funcionários a postos para
dar informações aos pacientes.
Uma semana depois do diagnóstico da publicitária, a Secretaria de Estado da Saúde procurou o casal e pediu que Tali, o
marido e a mãe ficassem mais
sete dias isolados.
Tali já retomou a sua rotina
profissional e deve dar à luz Nina em setembro.
Texto Anterior: Gripe suína é 3,5 vezes mais letal para grávida e cardíaco Próximo Texto: Liberar remédio fortalece vírus, diz governo Índice
|