São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2004

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EDUCAÇÃO

Com a decisão, universidade, que criou 27 vagas, será a primeira pública do Estado a adotar o sistema no Estado

Unifesp vai reservar cotas para negros

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) vai adotar o sistema de cotas para negros, pardos e índios e criou 27 novas vagas (10% do total) para destinar aos beneficiados. O critério entra em vigor no próximo vestibular.
Com a decisão, a Unifesp será a primeira universidade pública no Estado de São Paulo a trabalhar com o sistema de cotas.
As cotas serão para aqueles que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas. Negros, pardos ou índios que estudaram em escola particular não terão direito ao benefício.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unifesp, Edmund Chada Baracat, o critério para definição da etnia será feito por autodeclaração do candidato, no ato da inscrição no vestibular.
Segundo a reitoria da universidade, no ano passado seis alunos matriculados no curso de medicina eram negros e pardos e somente dois deles tinham cursado o ensino médio em escolas públicas. O curso oferece 110 vagas.
No curso de enfermagem, que tem 80 vagas, apenas oito alunos matriculados eram negros e pardos e somente três deles haviam concluído o ensino médio em instituições públicas. No total, a universidade oferece 273 vagas. Com as cotas, serão 300.

Unicamp
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também vai adotar um sistema para beneficiar negros, pardos ou índios, mas não destinará cotas.
A iniciativa, denominada Programa de Ação Afirmativa de Inclusão Social, dará 40 pontos extras para candidatos que se autodeclararem negros, pardos ou índios na classificação final do vestibular, desde que tenham cursado o ensino médio exclusivamente em escola pública.


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