São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Docentes são o diferencial das melhores

Na escola de administração da FGV-Rio, a primeira entre 1.613 instituições, todos os professores de tempo integral são doutores

Na Unifesp, de seus cerca de 900 professores, 93% são doutores e 59% trabalham em tempo integral na universidade

DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

As instituições que lideram o ranking de avaliação do Ministério da Educação atribuem o bom desempenho, sobretudo, à formação dos professores.
Na Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas), da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, que é a melhor instituição entre as 1.613 avaliadas, todos os professores de tempo integral são doutores que mantêm projetos de pesquisa. "Essa pesquisa é revertida em novos conhecimentos, novas abordagens, que são usadas na graduação", diz o diretor Flávio Vasconcelos.
Segundo ele, o bom resultado também está ligado à decisão de manter a escola em um tamanho relativamente pequeno para focar na qualidade. A instituição oferece apenas graduação em administração de empresas e pós-graduação em administração de empresas e administração pública. Somente 50 alunos ingressam a cada semestre. A mensalidade fica em torno de R$ 1.500.
A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que foi a primeira entre as universidades, afirmou ontem que não poderia comentar o assunto porque não havia recebido o resultado oficial do ministério.
No entanto, alguns números ajudam a explicar seu desempenho. De seus cerca de 900 professores, 93% são doutores e 59% trabalham em tempo integral na universidade.
A Unifesp surgiu na década de 1930 com o nome de Escola Paulista de Medicina. Nos últimos anos, expandiu a variedade de cursos e deixou de ser uma instituição de ensino voltada apenas para saúde. Oferece graduação, por exemplo, em letras, serviço social, psicologia e filosofia.
Tanto o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina quanto o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, classificados em primeiro e segundo como melhores centros universitários do país, também citam a qualidade e a capacitação de professores e servidores como essenciais para a boa avaliação, segundo os dirigentes.
Já na PUC-Rio, que obteve a melhor nota entre as universidades privadas, o reitor Jesus Hortal Sanches aponta a integração entre os diferentes departamentos como um dos principais pontos positivos.


Texto Anterior: Universidade diz que avaliação é distorcida
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.