da Agência Folha, em São José do Rio Preto

A Polícia Federal apreendeu US$ 200 mil (R$ 384 mil) durante uma blitz realizada na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul anteontem à noite.
O dinheiro, cuja origem está sendo investigada, estava na bagagem de mão do comerciante José Ferreira da Silva, 35, em um ônibus que fazia a linha Campo Grande (MS)-São Paulo.
Silva disse que o dinheiro é resultado da venda de um avião. Segundo o delegado Ianê Linário Leal, 42, chefe interino da PF em Presidente Prudente, Silva não soube explicar de quem era o avião nem para quem o vendera.
O dinheiro foi enviado a São Paulo para perícia, para saber se é falso ou verdadeiro. A maioria das notas é de US$ 100.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar, na hipótese de as notas serem verdadeiras, possível lavagem de dinheiro, já que duvida da versão de Silva.
O preço de um avião com as característica descritas por ele, segundo o delegado, seria de aproximadamente US$ 100 mil (R$ 192 mil).
Ou seja, existe a suspeita de que os dólares apreendidos ocultem algum crime anterior, que pode estar ligado, por exemplo, ao narcotráfico. A pena para esse crime, caso seja confirmado, varia de seis a dez anos de prisão em caso de condenação.
Ferreira, que mora em Barueri, foi ouvido formalmente e liberado, mas continua sendo investigado no inquérito. A Agência Folha tentou localizá-lo ontem, mas não conseguiu até as 19h30.
No mesmo ônibus, os policiais prenderam o motorista de caminhão João Apolinário dos Santos, 50, contratado para fazer a segurança de Silva. Santos portava uma pistola automática de uso exclusivo das Forças Armadas. (EDMILSON ZANETTI)


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