|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
MIGUEL BARRETTO MATTAR (1957-2010)
O agente da PF e seus cavalos
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
A casa dos pais de Miguel
Barretto Mattar, em Jundiaí,
no interior de São Paulo, era
espaçosa. Apaixonado por
animais, ele até tentou convencer a mãe, dona Zélia, a
deixá-lo criar alguns cavalos
no quintal. Não deu. O máximo que ela permitiu foi que o
rapaz tivesse cachorros ali.
Anos depois, quando comprou uma chácara em Campo
Limpo Paulista, município
próximo a Jundiaí, Miguel
pôde finalmente realizar seu
sonho. Além dos cachorros,
tinha oito cavalos, conta a
mulher, a advogada Luciana.
Em 2000, ele também realizou outro desejo: comprar
uma moto Harley-Davidson,
pela qual era fascinado
-possuía camisetas e bonés
da marca. Em São Paulo,
sempre participava dos encontros de motociclistas.
Segundo a mãe, a vontade
de Miguel, quando jovem,
era ser aviador. Como ela
considerava a profissão muito arriscada, não o incentivou a segui-la. Em Jundiaí, o
rapaz foi estudar direito.
O curso, porém, foi interrompido no quarto ano porque ele decidiu tentar outra
carreira. Em Brasília, prestou
concurso e acabou aprovado
para a Polícia Federal.
Sobrinho de um delegado,
ele se tornou agente especial
da PF e veio trabalhar em São
Paulo. Adorava o trabalho
que tinha, conta a família.
Como gostava da vida no
campo, escolheu há dez anos
morar na chácara no interior.
Há cerca de três anos, descobriu ter um câncer de fígado. Na sexta-feira, morreu
aos 53 anos, em decorrência
da doença. Deixa um filho,
Cássio, e um neto, Otávio.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 18h30, na igreja Dom
Bosco, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Índice | Comunicar Erros
|