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Acusado cuidava das crianças
da Reportagem Local
Desempregado, Aislan Alves dos
Santos gastava boa parte de seu
tempo livre cuidando da casa e dos
filhos de Cleonice. Cozinhava,
limpava a casa, lavava o carro,
brincava com as crianças.
A dona-de-casa Luzia Alves Fonseca de Paula, 55, vizinha da auxiliar de enfermagem, diz que nunca
viu os dois brigando ou discutindo, mas não tem dúvida do motivo
do crime.
"Foi ciúme. A "Nice' sempre
disse que ele morria de ciúme do
"Siri', um caminhoneiro ex-namorado dela. Mas eu nunca pude
imaginar uma coisa dessas, porque ele adorava as crianças. Minha
filha vivia brincando com ele e os
meninos da Nice."
Os dois se conheceram no hospital Santa Marcelina, onde o pai de
Aislan foi internado. Cleonice trabalhava lá. Iniciaram um namoro.
Dois meses atrás, os dois chegaram a morar juntos, na casa de
Cleonice, um sobrado com três
quartos. Mas o romance durou
cerca de 20 dias, diz Luzia.
Há cerca de 15 dias, Cleonice
rompeu o namoro de vez.
"A Nice me contou no dia seguinte que tinha levado o Aislan
para a casa da mãe e dito que estava devolvendo o filho dela. Ela disse para a mãe dele que já tinha
duas crianças para sustentar e não
dava para aguentar mais um que
não trabalhava nem estudava."
Depois disso, segundo Luzia, ele
não apareceu mais, só ontem. B.,
11, amiga de Monique, o viu entrar
na casa. Depois, da janela de sua
casa, a menina viu o casal sentado
na cama, conversando. Aislan fechou a janela do quarto.
Nenhum dos vizinhos ouviu
qualquer ruído, até as 23h30,
quando Monique, ensanguentada,
saiu da casa pedindo socorro e gritando que alguém ajudasse sua
mãe e seu irmão. Os dois nem chegaram a ser socorridos, porque
morreram no local.
(RV)
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