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Sessão para analisar denúncia é adiada
da Reportagem Local
Apesar de o pedido de prisão preventiva contra o promotor Igor
Ferreira da Silva ter sido aceito,
ontem foi adiada pela segunda vez
a sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça que votaria pela
abertura ou não de processo contra ele, com base na denúncia oferecida pelo procurador-geral de
Justiça, Luiz Antonio Marrey.
O relator do caso é o desembargador Domingos Franciulli Netto.
Ele fará um relatório sobre a denúncia para o órgão especial, formado pelos 25 desembargadores
mais antigos do TJ-SP, cuja nova
reunião foi marcada para a próxima quarta-feira.
O adiamento foi pedido pelo advogado de Igor, Marcio Thomaz
Bastos, que assumiu o caso anteontem e alegou não ter tido contato suficiente com o processo para apresentar a defesa.
O crime pelo qual Igor é acusado
ocorreu em 4 de junho passado,
no condomínio Shangrilá, em Atibaia (65 km ao norte de São Paulo). Ele diz que é inocente.
Segundo a versão do promotor
um homem abordou o casal, mandou-o descer da picape, levou Patrícia como refém e a matou.
"O conjunto das provas não
deixa dúvida de ser ele (Igor) o autor deste homicídio", afirmou,
em agosto, o procurador-geral de
Justiça Luiz Antonio Marrey.
A acusação contra Igor é que ele
matou sua mulher sem lhe dar
chance de defesa, pois, além de armado, ele atirou numa grávida
com dificuldades de locomoção.
Essa condição qualifica o homicídio, tornando-o crime hediondo.
Além de homicídio, Igor é acusado de aborto. A combinação das
acusações poderá render uma pena mínima, segundo Marrey, de 15
anos ao promotor, se condenado.
Marrey expôs os indícios contra
o promotor. A versão do crime dada por Igor foi contestada pelo vigia Daniel Francisco Matos que o
viu no interior do condomínio,
vindo da direção em que Patrícia
foi achada morta na picape.
Matos afirmou ainda que Igor
tentou esconder o rosto ao vê-lo.
Ao encontrar o promotor na delegacia, o vigia o reconheceu.
As principais provas são laudos
da perícia. O principal conclui que
a arma usada por Igor para treinar
tiro em casa foi a mesma que disparou as duas cápsulas achadas ao
lado do corpo de Patrícia.
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