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ADMINISTRAÇÃO
Resolução afeta projeto de Pitta
Senado impede criação de companhia de ativos
CARLOS MAGNO DE NARDI
da Reportagem Local
Resolução aprovada pelo Senado
impede que o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), crie a Companhia Municipal de Ativos
-empresa que seria controlada
pela prefeitura para a captação de
recursos por meio da emissão de
títulos públicos.
Projeto de lei prevendo a criação
da companhia foi encaminhado
por Pitta à Câmara no dia 22 de
junho, mas, no dia 1º de julho, o
Senado promulgou a resolução
78/98 que cria uma série de restrições para emissão de títulos pelo
município ou por suas empresas,
fundações e autarquias. A resolução, na prática, torna o projeto de
Pitta inócuo.
Diante da decisão do Senado, o
Executivo não tem mais nenhum
interesse no projeto encaminhado
à Câmara e considera o assunto
encerrado, informou a Secretaria
de Comunicação Social da Prefeitura de São Paulo.
Ainda de acordo com a secretaria, a impossibilidade de criação
da companhia não complica a situação financeira da prefeitura
uma vez que, graças ao esforço da
administração, houve um aumento da receita do município.
A oposição ao prefeito na Câmara discorda dessa avaliação. Para o
vereador petista José Eduardo
Martins Cardoso, por exemplo,
sem a companhia o prefeito Celso
Pitta vai tentar buscar formas
emergenciais para conseguir recursos.
Com a criação da companhia, a
prefeitura poderia emitir dois tipos de títulos: debêntures (títulos
de crédito a longo prazo) e créditos da dívida ativa municipal.
Os debêntures teriam como lastro, ou garantia, as multas de trânsito a receber e imóveis do município. Para os outros títulos, as garantias seriam os créditos da dívida ativa municipal -impostos,
taxas e demais receitas em atraso,
hoje em torno de R$ 5 bilhões.
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