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Catarinense pode ter que parar o curso
DA REPORTAGEM LOCAL
A catarinense Cristina Freygang, 25, mudou-se para Porto
Alegre (RS) em 2000 para fazer
mestrado em genética e conseguiu uma bolsa. Após a conclusão
da pós-graduação, ela passou, no
primeiro semestre, em terceiro lugar no concurso para bolsa de
doutorado do CNPq no Departamento de Genética e Biologia Molecular da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Ela contava
com a bolsa para ficar na cidade.
No entanto ela foi uma das que
tiveram sua vaga suspensa pelo
CNPq em 17 de setembro, sem
aviso prévio. Sua bolsa havia sido
alocada para o curso em março,
mas desde então ainda não havia
um bolsista nessa vaga.
"Estava contando com essa bolsa para me manter aqui", disse
Freygang. A carga horária do curso de doutorado -cerca de 40
horas semanais- praticamente a
impede de arrumar um emprego.
A musicista Roseli Novak, 38,
passou em segundo lugar para a
bolsa de mestrado do CNPq no
Departamento de Linguística da
Universidade de São Paulo (USP).
Duas semanas antes de receber a
primeira parcela, também teve
sua bolsa suspensa. "Estava numa
escola dando aula de música e, como não é permitido ter vínculo
empregatício quando se tem a
bolsa, pedi demissão pouco antes
de fazer a prova." Como ela ainda
não sabe até quando a bolsa estará
suspensa, não pode assinar nenhum contrato de trabalho.
"É injusto que pós-graduandos
sejam punidos pelo erro de outros", disse José Menezes Gomes,
membro da Associação dos Pós-Graduandos da USP, referindo-se
ao fato de o CNPq suspender a
substituição das bolsas daqueles
que não se titularam no prazo.
Outra preocupação se refere ao
prazo que a universidade estipula
para que eles se titulem. Com a
confusão da suspensão das bolsas, eles praticamente perderam
este semestre. Os alunos deverão
pedir revisão de prazo.
"Nós estamos estudando caso a
caso. Basta que entrem em contato conosco", disse Esper Cavalheiro, presidente do CNPq.
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