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Pesquisa aponta resíduo de antibióticos em leite cru coletado em quatro Estados
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Pesquisa coordenada pela
UEL (Universidade Estadual
de Londrina) detectou a presença de resíduos de antibióticos em amostras de leite cru do
Paraná, de Minas Gerais, de São
Paulo e do Rio Grande do Sul.
Em 2005, foram coletadas
210 amostras de leite direto do
produtor ou em mercado informal. Dessas, 24 (11,4%) apresentaram antibióticos. As
amostras ultrapassaram os
LMRs (Limites Máximos de
Resíduos), estipulados pelo Ministério da Agricultura.
Nas 63 amostras de Londrina
(PR), 13 (20,6%) tinham resíduos. Nas 48 de Viçosa (MG),
quatro (8,5%). Nas 50 de Botucatu (SP), quatro (8%). Nas 50
de Pelotas (RS), três (6%).
O Laboratório de Inspeção
de Produtos de Origem Animal
da UEL não acompanhou para
quais cooperativas locais as
amostras colhidas foram encaminhadas.
"Não há nenhum processo
[fermentação, refrigeração,
pasteurização] que retire o antibiótico. Nas cooperativas, a
concentração de antibióticos
cai muito porque o leite com resíduos é misturado com outros", disse Vanerli Beloti,
coordenadora do laboratório.
"O leite mais perigoso é o do
mercado informal, porque não
há diluição." O leite cru é consumido por 25% da população,
segundo o IBGE.
Os antibióticos são usados,
principalmente, no tratamento
de mastites (inflamação nas
glândulas mamárias). Nas pessoas, podem causar reações
alérgicas e bloquear a ação de
outros antibióticos em tratamentos médicos.
Instrução normativa do Ministério da Agricultura que entrou em vigor em 2005 determinou realização de análise periódica de antibióticos no leite.
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