São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2011

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FOCO

Estado 'camufla' escola de lata com camada de concreto

André Vicente/Folhapress
Escola em Guaianases feita com estrutura de lata; alunos reclamam de má conservação

ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"

Escondidas debaixo de uma casca de concreto, ainda existem pelo menos cinco escolas de lata na capital. Nelas, os alunos sofrem com barulho, temperaturas extremas e o mau estado de conservação das unidades.
As queixas chegaram ao conhecimento do Ministério Público, que investiga o caso.
Os alunos da Escola Estadual Fazenda do Carmo 3, em Guaianases (zona leste), afirmam que a unidade, de lata por dentro, está deteriorada.
"A parede está quase caindo, não pode encostar que treme tudo", afirma uma estudante de 14 anos.
Alunos dizem que há cerca de dois anos a unidade foi reformada, porém, o concreto ficou só do lado de fora.
Assim como o telhado, as paredes do segundo pavimento -onde ficam as salas- são de metal.
Outro inconveniente é o barulho causado pela estrutura metálica: segundo os alunos, nos dias de chuva é difícil prestar atenção na aula.
Depois de receber representação dos moradores sobre a situação inadequada da estrutura das escolas, o promotor João Paulo Faustioni e Silva, do Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação), abriu um inquérito para investigar a presença de unidades com estrutura de lata na capital.
A Promotoria apura situação similar em outras quatro escolas, na zona sul.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação afirma que vai gastar R$ 720 mil na reforma na escola.


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