da Reportagem Local

Continuam detidos preventivamente na Corregedoria da Polícia Militar dois policiais do 18º Batalhão. Eles são suspeitos de terem participado da morte do estudante Fábio Faquim de Oliveira, 17, assassinado com 14 tiros, a maioria na cabeça, na noite de sexta-feira, na Vila Brasilândia (zona norte de São Paulo).
Antes do crime, estava previsto que o estudante iria à corregedoria ontem para tentar reconhecer os PMs que ele acusava de agressão e abuso de autoridade.
A PM o havia prendido em flagrante em 30 de outubro sob a acusação de dirigir uma moto sem habilitação e portar uma pequena porção de maconha.
Segundo testemunhas, Oliveira foi baleado quando conversava com um grupo de amigos na rua José Benedito Pinto, na Vila Brasilândia. O auxiliar de escritório Fernando Leandro da Silva, 21, foi atingido no olho.
Ambos morreram no Hospital Municipal de Vila Penteado, após receberem os primeiros socorros.
Segundo testemunhas, os autores do crime são dois homens que ocupavam uma moto cinza e usavam capacetes com visores negros e luvas.
A dupla parou a moto junto aos rapazes e o homem da garupa sacou uma pistola e começou a atirar, sem nada dizer.
O caso foi atendido por uma equipe da PM e levado para o 45º DP. Depois que a ocorrência já estava sendo iniciada, dois outros PMs, que não tinham participado do atendimento, apareceram na delegacia pedindo informações sobre o caso de Oliveira.
A delegada que registrava o caso desconfiou dos policiais. Ela havia sido informada de que Oliveira iria à corregedoria para o reconhecimento. Desde então, os dois PMs estão detidos, mas, segundo a PM, ainda não é possível dizer se eles participaram do crime.


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