MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas

A Prefeitura de Itu (92 km de SP) decretou ontem estado de emergência pública, por tempo indeterminado, devido à estiagem que deixou os reservatórios da cidade com apenas 10% da capacidade normal.
As aulas na rede municipal de ensino infantil e nas creches foram suspensas até o fim da estiagem e pelo menos 7.000 crianças devem ser atingidas pela medida.
As escolas estaduais, com pelo menos 20 mil alunos, estão atuando em meio período, com apenas duas horas de aula.
O abastecimento em postos de saúde e hospitais estão sendo feitos por meio de revezamento de caminhões-pipa.

Maior estiagem
Segundo o prefeito Leonel Salvador (PMDB), esta é a maior estiagem na cidade nos últimos 12 anos. ""Nos anos anteriores, nesta época, estávamos preparando a cidade contra as enchentes", afirmou o prefeito.
No bimestre outubro/novembro do ano passado choveu 193 milímetros, enquanto no mesmo período deste ano o índice pluviométrico foi de 60 milímetros, segundo a prefeitura.
Com o decreto de emergência, todos os mananciais do município, inclusive os lagos de áreas particulares, passam a ser de domínio público e de uso comum, até que se restabeleçam os índices pluviométricos.

Racionamento
Há 20 dias, a cidade iniciou o racionamento de água. Cada bairro tem, em média, direito a 12 horas de água por dia. "Alguns bairros ficam até 24 horas sem água na cidade", disse o prefeito.
""Não temos recurso para investir na criação de reservatórios e em barragens de contenção de água", afirmou Salvador.
Segundo o decreto do prefeito, as reservas mínimas de captação de água estão em situação crítica, principalmente as represas do Itaim e Fubaleiro.
Juntas, elas são responsáveis por cerca de 70% do sistema de abastecimento da cidade.
A Prefeitura Municipal de Itu divulgou que está garantindo o abastecimento de hospitais, postos de saúde e asilos por meio de caminhões-pipa.



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