São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2006

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Brasil não contém transmissão do HIV e da sífilis da mãe para o bebê

Ministério da Saúde lança mobilização no Dia Mundial de Luta contra a Aids

FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal lança hoje, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, mobilização nacional para reduzir casos de transmissão do HIV e sífilis das mães para os bebês, a transmissão vertical.
Segundo Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de Doenças Sexuais Transmissíveis e Aids, do total de gestantes com HIV, estimado em 12 mil mulheres, calcula-se que 8% transmitam o vírus da Aids aos seus filhos em razão da falta de cuidados na gestação.
A taxa esperada é de menos de 1% -se as medidas devidas são tomadas, como a detecção precoce do vírus. Os governos federal, municipais e estaduais perseguem a meta desde 2002 pelo menos.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz explica a situação. Estimou em apenas 63% a proporção de gestantes que teve atendimento pré-natal, pedido de teste de HIV e conhecimento do resultado antes do parto, a partir de uma amostra de parturientes. "A taxa de transmissão do HIV tem muita variação regional", reconhece Mariângela. No Norte e Nordeste, chega a 12%. Os dados são de 2004.
No caso da sífilis congênita, doença totalmente evitável, tratável com antibiótico barato e disponível no SUS, a penicilina, as taxas de prevalência em gestante cresceram de 1,6% em 2004 para 1,9% em 2005, em razão de uma melhora na notificação dos casos, segundo Simão. Estima-se que o Brasil tenha hoje 12 mil mulheres infectadas ao ano, mas apenas metade dos casos são notificados. "É preciso uma sensibilização do profissional [para fazer exames]. A gestante tem de exigir os exames e é dever do profissional ofertar", diz Mariângela.
Hoje 700 pessoas formarão o laço símbolo da luta contra a Aids na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, parte da instalação "Contatos", de Bia Lessa, em homenagem às pessoas que vivem com a doença.


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