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Brasil não contém transmissão do HIV e da sífilis da mãe para o bebê
Ministério da Saúde lança mobilização no Dia Mundial de Luta contra a Aids
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal lança hoje,
Dia Mundial de Luta Contra a
Aids, mobilização nacional para reduzir casos de transmissão
do HIV e sífilis das mães para os
bebês, a transmissão vertical.
Segundo Mariângela Simão,
diretora do Programa Nacional
de Doenças Sexuais Transmissíveis e Aids, do total de gestantes com HIV, estimado em 12
mil mulheres, calcula-se que
8% transmitam o vírus da Aids
aos seus filhos em razão da falta
de cuidados na gestação.
A taxa esperada é de menos
de 1% -se as medidas devidas
são tomadas, como a detecção
precoce do vírus. Os governos
federal, municipais e estaduais
perseguem a meta desde 2002
pelo menos.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz explica a situação. Estimou em apenas 63% a proporção de gestantes que teve atendimento pré-natal, pedido de
teste de HIV e conhecimento
do resultado antes do parto, a
partir de uma amostra de parturientes. "A taxa de transmissão do HIV tem muita variação
regional", reconhece Mariângela. No Norte e Nordeste, chega a 12%. Os dados são de 2004.
No caso da sífilis congênita,
doença totalmente evitável,
tratável com antibiótico barato
e disponível no SUS, a penicilina, as taxas de prevalência em
gestante cresceram de 1,6% em
2004 para 1,9% em 2005, em
razão de uma melhora na notificação dos casos, segundo Simão. Estima-se que o Brasil tenha hoje 12 mil mulheres infectadas ao ano, mas apenas metade dos casos são notificados. "É
preciso uma sensibilização do
profissional [para fazer exames]. A gestante tem de exigir
os exames e é dever do profissional ofertar", diz Mariângela.
Hoje 700 pessoas formarão o
laço símbolo da luta contra a
Aids na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, parte da instalação "Contatos", de Bia Lessa,
em homenagem às pessoas que
vivem com a doença.
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