|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Medida repercute no exterior
DA REDAÇÃO
A decisão de fotografar e tirar
impressões digitais de turistas
norte-americanos no momento
de entrada no Brasil já repercute
na imprensa internacional.
A agência de notícias Reuters
colocou ontem em destaque a figura do juiz Julier Sebastião da
Silva, que teria ficado "furioso
com o plano norte-americano de
fotografar e tirar as impressões digitais de milhões de visitantes".
Segundo a agência, o juiz teria
comparado a medida norte-americana aos "horrores nazistas".
A versão online do jornal britânico "Financial Times" trouxe a
decisão do juiz como uma das
principais manchetes de ontem.
Na reportagem, o jornal afirma
que a retaliação do Brasil à medida norte-americana "põe em evidência a relação cada vez mais
tensa" entre os dois países desde
que Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
assumiu a Presidência. "O presidente Lula tem irritado Washington com visitas controversas a
países como Cuba, Líbia e Síria",
analisa o "Financial Times".
A agência de notícias Associated Press (AP), dos EUA, deu destaque ao fato de a Polícia Federal
ter sido "pega de surpresa" pela
medida.
Segundo a AP, no aeroporto
Antônio Carlos Jobim, no Rio de
Janeiro, um agente disse que o sistema não estava preparado para
tirar as impressões digitais de todos os cidadãos americanos que
entrassem na cidade.
De acordo com a agência, no aeroporto de Cumbica, os americanos ficaram a princípio irritados
com os procedimentos, mas se
acalmaram ao saber que, nos
EUA, os brasileiros recebem o
mesmo tratamento.
A AP afirmou também que, embora as decisões de juízes federais
no Brasil tenham força nacional,
elas "geralmente são anuladas".
A CNN e a BBC (redes de TV
americana e britânica) e o site do
jornal "Washington Post", dos
EUA, também abordaram o assunto durante todo o dia.
Texto Anterior: Saiba mais: Ordem é baseada no princípio da reciprocidade Próximo Texto: Comportamento: Mochileiros "descobrem" o Rio de Janeiro Índice
|